CRISTÃOS HONORÁRIOS.
Às vezes ouvimos falar de um político ou de uma outra celebridade a quem é dado o status de “chefe” de uma certa tribo de índios. Ele é acolhido solenemente, passando por uma festa indígena celebrada com brados guturais e recebendo um pomposo cocar feito de plumas de águias; sua foto é tirada ao lado das autoridades da tribo e daquele momento em diante ele é considerado um chefe entre eles.
Seu sorriso amarelo revela-nos com clareza que ele considera tudo aquilo uma piada, mas os índios, que não estão rindo, aparentemente consideram toda aquela cerimônia com muita seriedade. Não é necessário muita perspicácia para se entender que todas as cerimônias, colares, plumas e todos os rituais indígenas não podem fazer de um homem branco, um índio. Na melhor das hipóteses ele se torna apenas um chefe honorário, não um chefe de verdade.
Compare isso com muitas igrejas evangélicas, que têm muitos membros que são cristãos por iniciação, não por nascimento espiritual. Eles passaram por um ritual feito pelos chefes locais, que lhes dão a impressão de que são cristãos de fato, quando na verdade eles são cristãos apenas nominais.
Todas as cerimônias religiosas inventadas pela fértil mente de todos os líderes religiosos do mundo não fazem de um pecador um cristão. Ninguém, não importando quão rico seja e quão misteriosas suas vestes, pode fazer com que alguém se torne cristão.
A impressionante cerimônia feita numa bela igreja e os rituais solenes realizados são semelhantes, e numa escala maior, ao que faz o grande pajé da tribo numa enorme cabana indígena. Na melhor das hipóteses o que resulta é uma religião por iniciação. Os que passam por isso tornam-se apenas cristãos honorários. A raiz da vida não está neles, e eles são dignos da maior piedade.
Nosso Senhor nos diz com clareza que temos de nascer de novo antes de entrarmos no reino de Deus. Não fiquemos satisfeitos com uma membresia honorária no seu reino. E consideremos esta questão com muita seriedade. Há muita coisa em jogo nesta área vital da nossa vida.
Trecho de: "Este Mundo Lugar De Lazer Ou Campo De Batalha"
A. W. Tozer
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