Conhecendo a Deus

 

"...por isso mesmo, vós, reunindo toda a vossa diligência, associai com a vossa fé a virtude; com a virtude, o conhecimento."(2 Pedro 1:5)

As verdades divinas não dizem respeito apenas aos ministros, mas têm infinita importância para todos os cristãos. Não ocorre com a doutrina da divindade o mesmo que ocorre com as doutrinas da filosofia e de outras ciências. Essas últimas são, geralmente, pontos especulativos, de pouca importância na vida humana; e as conhecermos ou não pouquíssimo alterará a questão dos nossos interesses temporais ou espirituais. Os filósofos diferem entre si, alguns tendo uma opinião e outros, outra. E, enquanto estão engajados em disputas acaloradas sobre essas opiniões, outros podem deixá-los disputar entre si, sem esquentar a cabeça quanto a eles, pouco lhes interessando se um ou outro está certo. Porém, não é assim nas questões quanto à divindade. Essas doutrinas interessam a quase todos. Elas tratam das coisas relacionadas à salvação e felicidade eternas de todo homem. As pessoas comuns não podem dizer: "Deixemos essas questões para os ministros e clérigos; que eles as disputem entre si como puderem; elas não nos interessam" - pois tem infinita importância para todo homem. Aquelas doutrinas que se relacionam à essência, aos atributos e à existência de Deus dizem respeito a todos; pois tem infinita importância, tanto para as pessoas comuns quanto para os ministros, saber que tipo de ser Deus é. Porque Ele é o Ser que criou a todos nós, em quem "vivemos, e nos movemos, e existimos", que é o Senhor de todos. O Ser a quem todos devemos prestar contas; que é o último fim de nosso ser e a única fonte de nossa felicidade.

Jonathan Edwards