Distrações e tentações
Madame Guyon (1648–1717)
“Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado. Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna” (Hebreus 4:15,16).
Como lidamos com aquelas coisas que nos distraem, que nos afastam da parte mais profunda do nosso ser? Se for o pecado (ou até mesmo uma questão de sermos distraído por algumas circunstâncias ao nosso redor), o que fazer?
Devemos instantaneamente nos voltar para o nosso espírito.
Uma vez que nos afastamos de Deus, precisamos voltar para Ele o mais rápido possível. Ali, mais uma vez com Ele, devemos aceitar as consequências que nos forem impostas, para nosso aprendizado.
Mas um fato é muito importante, e devemos nos acautelar a esse respeito: Não devemos ficar aflitos porque nossa mente vagou para longe de Deus. Guarde a si mesmo de ficar ansioso pelas suas próprias faltas. Primeiramente, essa angústia apenas desperta a alma, nos distraindo na direção das coisas exteriores. Em segundo lugar, essa angústia brota de uma raiz secreta do orgulho. O que você experimenta é, de fato, o amor-próprio. Colocando em outras palavras, você está magoado e transtornado por ver quem de fato é.
Se o Senhor for misericordioso para te conceder o verdadeiro espírito de Sua humildade, você não se surpreenderá com as suas falhas, derrotas nem mesmo sua natureza.
Quanto mais claramente você vislumbrar seu verdadeiro eu, mais claramente verá quão miserável é sua natureza; entregando ainda mais todo o seu ser para Deus. Vendo sua necessidade desesperada dEle, você se aprofundará ainda mais em um relacionamento íntimo com o Senhor.
Esse é o caminho que devemos trilhar, assim como o Senhor nos ensina: “Instruir-te-ei e te ensinarei o caminho que deves seguir; e, sob as minhas vistas, te darei conselho” (Sl 32:8).
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