AINDA PECO!
Pai eterno,
Tu és bom além de toda compreensão, mas eu sou vil, desprezível, miserável,
cego. Meus lábios são ágeis para confessar, mas meu coração é lento para sentir e meus caminhos são relutantes a se emendarem. Eu trago minha alma a Ti; quebranta-a, fere-a, dobra-a, molda-a. Revela-me a deformidade do pecado, para que eu possa odiá-lo, abominá-lo, fugir
dele. Minhas faculdades têm sido uma arma de revolta contra Ti; como um rebelde, eu
tenho usado indevidamente a minha força para servir o imundo adversário do Teu
reino. Dá-me graça para lamentar minha loucura e insensatez! Faze-me entender que o caminho dos transgressores é duro, que veredas malignas
são veredas desprezíveis, que me afastar de Ti é perder todo o bem. Eu tenho visto a pureza e a beleza da Tua perfeita lei, a alegria daqueles em
cujo coração ela reina, a serena dignidade do caminho ao qual ela nos chama; ainda assim, diariamente, eu violo e menosprezo os seus preceitos. O teu amoroso Espírito contende dentro de mim, apresenta-me as advertências da
Escritura, fala-me em providências surpreendentes, atrai-me através de
sussurros secretos; ainda assim, eu escolho astúcias e desejos para a minha
própria dor, impiedosamente me ofendo, me aflijo, e O incito a abandonar-me. Por todos esses pecados eu lamento e choro, e por causa deles clamo por perdão. Produz em mim um arrependimento mais profundo e duradouro! Da-me a plenitude de uma tristeza piedosa que treme e teme, mas que sempre
confia e ama, que é sempre poderosa e sempre confiante. Faze com que, através das lágrimas do arrependimento, eu possa ver mais
claramente o brilho e as glórias da salvadora cruz.
🌿☘️🌿 ☘️🌿☘️ ☘️🌿☘️ Fonte: BENNET, Arthur (Ed.). The Valley of Vision: A Collection of Puritan Prayers & Devotions. Edinburg, USA: The Banner of Truth Trust, 2009, p. 70.
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