O Lavrador, A Videira Verdadeira e os Ramos

"Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor (lavrador)”. Eu sou a videira, vós os ramos…"(João 15:1,5a). 


O Lavrador (o Pai), A Videira Verdadeira (o Filho), Os Ramos (os Crentes em Cristo)


Uma videira deve ter um lavrador para plantá-la e protegê-la, para receber seu fruto e regozijar nele. Jesus diz: "Meu Pai é o Lavrador”. Ele foi "a videira da plantação de Deus". Tudo que Ele foi e fez, devia ao Pai; em tudo Ele procurou somente a vontade e a glória do Pai. Ele se tornou homem para nos mostrar o que uma criatura deve ser para seu Criador. Ele tomou nosso lugar, e o espírito de Sua vida diante do Pai foi sempre o que Ele procurou que seja nosso também: "dEle, e por Ele, e para Ele, são todas as coisas". Ele tornou-se a Videira verdadeira, para que pudéssemos ser verdadeiros ramos. Tanto com respeito à Cristo como à nós mesmos, as palavras nos ensinam duas lições de absoluta dependência e perfeita confidência. Meu Pai é o Lavrador - Cristo sempre viveu naquele espírito, em que certa vez disse: "O Filho de si mesmo nada pode fazer". Tão dependente quanto uma videira é do lavrador pelo lugar onde deva crescer, pelo seu cercado, irrigação e poda; assim, também se sentia Cristo inteira e diariamente dependente do Pai na sabedoria e força para fazer a vontade do Pai. Assim como Ele disse no capítulo anterior (14:10): "As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo; mas o Pai, que permanece em mim, é quem faz as suas obras". Esta absoluta dependência teve como sua bendita contraparte a mais abençoada confidência que Ele não teria nada para temer: o Pai não podia desapontá-LO. Com tal Lavrador como Pai, Ele poderia enfrentar a morte e o túmulo. Ele poderia confiar em Deus para ressuscitá-LO. Tudo que Cristo é e tem, Ele tem, não em Si mesmo, mas a partir do Pai.

Meu Pai é o Lavrador - Esta é uma bendita verdade tanto para nós como para Cristo. Cristo está ensinando Seus discípulos sobre serem ramos. Ele nunca tinha usado antes a palavra, ou falado de alguma maneira sobre permanecer nEle ou produzir frutos; Ele voltou os olhos deles para o céu, para o Pai que lhes estava observando e tudo trabalhando neles. Na própria raiz de toda vida Cristã descansa o pensamento de que Deus está fazendo tudo, que nossa parte é dar e entregarmo-nos às Suas mãos, em confissão de absoluto desamparo e dependência, com uma firme confidência de que Ele dá tudo que necessitamos. A grande carência da vida Cristã é que, até quanto confiamos em Cristo , deixamos Deus fora de consideração. Cristo veio para nos trazer à Deus. Cristo viveu a vida de um homem exatamente como temos que vivê-la. Cristo, a Videira, aponta para Deus, o Lavrador. Como Ele confiou em Deus, confiemos nós em Deus, e tudo que devemos e temos que ser, como aqueles que pertencem à Videira, nos será dado de cima. Isaías disse: "Naquele dia haverá uma vinha de vinho tinto; cantai-lhe. Eu, o Senhor, a guardo, e a cada momento a regarei; para que ninguém lhe faça dano, de noite e de dia a guardarei". Antes de começarmos a pensar sobre os frutos ou ramos, tenhamos nossos corações cheios de fé: como a Videira é gloriosa, assim também é o Lavrador. Como é digna e santa nossa chamada, assim também é poderoso e amável o Deus que obrará tudo isto. Tão certamente como o Lavrador fez da Videira o que ela deveria ser, assim Ele também fará de cada ramos o que ele deve ser. Nosso Pai é o nosso Lavrador, e a Garantia de nosso crescimento e frutificação. 

*Bendito Pai, nós somos Tua lavoura. Oh, que Tu possas ter honra das obras de Tuas mãos! Oh meu Pai, eu desejo abrir meu coração para a alegria desta maravilhosa verdade: Meu Pai é o Lavrador. Ensina-me a conhecer e confiar em Ti, e a ver que o mesmo profundo interesse com que Tu cuidas da Videira e Se deleita nela, estende-se a cada ramo, a mim também.*

(Andrew Murray)


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