O BÁLSAMO DE GILEADE

 Ao falar de dor, geralmente nos lembramos primeiro da dor física que, por exemplo, pode ser produzida por uma queda que resulta em uma ferida aberta. Lembro-me quando criança quantas vezes brincando de carrinho de rolimã, tinha quedas e o joelho ficava um machucado, produzindo feridas expostas. Nessa hora, para evitar contaminação, dor, inchaço etc., meus pais tinham que correr para medicações. Assim vinham os antissépticos, as pomadas e naturalmente esperando que tudo fizesse efeito e fosse rapidamente curado.

Por outro lado, amados, é triste e difícil quando levantamos e descobrimos que nossa alma está ferida, que nosso coração está machucado e nossa mente está abalada. Uma dor intermitente que acaba afetando tudo o que fazemos e atingindo principalmente aqueles que nos são próximos.
Nosso interior não expõe uma ferida visível, mas uma que é destrutiva e nos corrói muitas vezes. Ao mesmo tempo que isso acontece, a nossa alma espera que de algum lugar ou de alguém, venha um refrigério, um alívio, uma tranquilidade, enfim, um remédio que traga um bálsamo àquele sofrimento. Segundo a escritora Lise Bourbeau, temos como feridas emocionais, principalmente a rejeição, a injustiça, o abandono e a humilhação. Quantos numa lembrança dolorida, sentem no âmago da alma uma dor que parece não cicatrizar. Quantos por atitudes de pessoas até bem próximas, foram atingidas e sentem essa dor que está sufocando e precisam urgentemente de um bálsamo curador que possa restaurar a sua alma!
Desde o registro do primeiro livro da Bíblia, ouvimos de uma resina milagrosa, que agia como bálsamo nas feridas e nas chagas abertas (Gênesis 37.25; Ezequiel 17.17), usada pelos hebreus para fins medicinais e cosméticos. Era tão famosa que valia peso dobrado de ouro. O Egito e o Líbano (Tiro) importavam esse bálsamo da região de Israel, de Gileade.  
Esse bálsamo de Gileade também se torna uma ilustração daquilo que Deus pode fazer nas nossas feridas, principalmente da nossa alma. Da nossa parte é necessário permitir que essa resina que é traduzida por consolo, refrigério, paz, segurança e esperança sejam colocadas nas nossas feridas, por sua mão carinhosa.
Há textos na Bíblia, principalmente no livro de Jeremias, que mostram que o povo de Judá, por causa de uma atitude de espírito impenitente, deixou de ter sua saúde restaurada, por rejeitarem o bálsamo de Deus e tiveram como consequência o terrível exílio na Babilônia (Jeremias 8.22). Champlin diz que quando rejeitamos a Deus, através dos seus ensinos, somos comparados a Judá rejeitando a Lei e os Profetas, é como se rejeitássemos a ação dessa resina do Bálsamo de Gileade sobre nossas feridas.
O Salmo 103 nos versos 3 e 4 nos lembra que além de Deus perdoar todos os nossos pecados, ele cura todas as doenças, até as chagas mais abertas de nossa alma.
Agora é o momento de você levar tudo isso diante dele e permitir ser tocado pelo seu bálsamo curador. Você sentirá alívio e a cura se manifestará pelo seu poder.

Oração: Senhor Jesus, vem com teu bálsamo aliviar e curar a ferida de minha alma, em nome de Jesus, amém!

(Extraído de Devocionais Avivamento - Marcos Stier Calixto)

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