AMOR, A MELHOR COISA NO MUNDO
“Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; porém o maior destes é o amor” (1 Coríntios 13:13).
No post anterior, discorremos sobre aquilo que o apóstolo Paulo afirma ser o dom mais elevado: o amor. Em sua exposição aos coríntios, no capítulo 13, vimos que o apóstolo inicia sua abordagem comparando o amor com outras coisas que eram consideradas também elevadas naquela ocasião. A seguir, ele inicia uma análise do amor, como veremos abaixo.
A análise
Depois de comparar o amor com essas coisas, Paulo nos apresenta, em três breves versículos, uma extraordinária análise desse dom supremo.
Observem comigo. Ele nos diz que o amor é um elemento composto, como a luz. Um cientista pode fazer um raio de luz passar por um prisma de cristal e podemos ver as cores que o compõem do outro lado: vermelho, azul, amarelo, violeta e as demais cores do arco-íris. Da mesma forma, Paulo desdobra o Amor na ótica de seu intelecto inspirado, e então podemos ver seus elementos fragmentados.
Nessas breves palavras, temos aquilo que podemos chamar de ESPECTRO DO AMOR, sua análise.
Vamos observar seus elementos? Eles possuem nomes comuns, são virtudes sobre as quais ouvimos falar todos os dias e podem ser praticadas por qualquer pessoa em qualquer lugar nessa vida. Mas como, através de tantas coisas pequenas e virtudes comuns, esse bem supremo, o summum bonum, é formado?
O ESPECTRO DO AMOR é composto por nove ingredientes:
Paciência – “O amor … tudo sofre“
Bondade – “é benigno”
Generosidade – “o amor não é invejoso” (ACF)
Humildade – “não se ufana, não se ensoberbece”
Cortesia – “não se conduz inconvenientemente”
Altruísmo – “não procura os seus interesses”
Domínio próprio – “não se exaspera“
Inocência – “não suspeita mal” (ACF)
Sinceridade – “não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade”
Paciência, bondade, generosidade, humildade, cortesia, altruísmo, domínio próprio, inocência e sinceridade. Essa é a composição do dom supremo, a estatura do homem perfeito.
Observe que todos esses ingredientes se relacionam ao ser humano, à vida, ao cotidiano que conhecemos, e não à uma Eternidade desconhecida. Ouvimos falar muito em amar a Deus, Cristo falou muito de amor ao próximo. Investimos muito em fazer as pazes com o céu, Cristo investiu muito em paz na terra. A vida espiritual não se trata de algo estranho, adicional, mas é a inspiração para a vida secular, é o respirar de um espírito eterno nesse mundo temporal. O dom supremo, resumidamente, não é nada além de dar um novo acabamento à multidão de palavras e atos que compõe um dia comum de nossa vida.
Henry Drummond (1851-1897) - tradução do livreto homônimo.
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