VOLTE...!
Na época da campanha evangelística de Billy Graham no Brasil em 1974, uma das missões que foi apoio para o evento foi a Cruzada Mundial de Literatura, que produzia folhetos que traziam pequenas mensagens ao coração. Na época, um desses folhetos me chamou muito a atenção, pois imaginei quantas pessoas que ao receberem aquelas mensagens realmente se identificariam com a situação abordada. A mensagem era sobre voltar, retornar, ir de encontro novamente ao lugar de onde saiu, pois o resultado foi triste demais, trazendo desilusão e muitas vezes até abandono. O título do folheto era “Volte”. O recado era associado ao texto do Salmo 32.1: “Bem-aventurado aquele cuja transgressão é perdoada e cujo pecado é coberto”.
As ilustrações nos folhetos traziam cenas semelhantes a essa: “Um dia aquela jovem fugiu de tudo e de todos; aquele jovem saiu de casa e do convívio da igreja; um dia o pai em desespero por não estar dando conta resolveu arrumar as malas e partiu mundo afora”. Independentemente da situação, uma realidade se tornou padrão para todos: a paz tinha sido perdida!
Isso nos faz lembrar da parábola do filho pródigo, registrada na Bíblia em Lucas 15.11-32, pois os fatos se assemelham em termo de ações e consequências aos exemplos mencionados. No caso de você estar desiludido com pessoas, com situações, até no meio cristão, lembre-se que à semelhança do filho pródigo também colherá as consequências dessa desastrosa decisão. Nessa parábola citada nas Escritura, fica claro que o motivo foi pessoal, egoísta, mesquinho e influenciado por um espírito do mundo bem retratado por João, que agiu na vida daquele jovem: “Pois tudo o que há no mundo: as paixões da carne, a cobiça dos olhos e a ostentação dos bens não provém do Pai, mas do mundo” (1 João 2.16). Porém, mesmo que pessoas possam alegar motivos e justificativas viáveis, as consequências serão as mesmas, e a necessidade do “volte” estará sempre gritando pelas ruas.
No texto do jovem na Bíblia, as coisas começaram a mudar quando ele decidiu retornar para a casa do pai. Ele “caiu em si” (verso 17). Ficar remoendo motivos e justificativas pela atitude tomada não vai tirar de você o momento de desgraça pelo qual está passando por não estar mais lá, e a decisão de voltar precisará ser tomada. Cair em si implicou em avaliar o que havia perdido, mas o mais importante levou o jovem a decidir “vou me levantar e voltar para a casa de meu pai” (versos 18-20). Naturalmente, ele ficou em luta consigo mesmo até compreender que essa atitude era a decisão certa a ser tomada. Você não precisa passar por isso, mas à semelhança do filho pródigo, precisa também voltar, pois nesse estado jamais encontrará a paz novamente. Provavelmente para esse retorno precisará haver ministração de perdão, como no caso do filho pródigo, e o espírito de humildade, simplicidade e quebrantamento deve ser o sustentáculo para pegar o caminho da volta.
Se você está precisando voltar e está sem forças, vá até o Senhor, pois ele sempre está de braços abertos para nos acolher, socorrer e fortalecer. Se necessário, faça primeiro a reconciliação com ele, permita que isso aconteça. Depois, retorne, se for seu caso, para sua casa, para os seus queridos, para o seu lar e até mesmo para o convívio do povo que, assim como você, ama ao Senhor. Lembre-se do velho ditado: “Não deixe para amanhã o que você precisa fazer hoje!”, aqui está a oportunidade. Ore e volte, pois certamente a paz será restaurada em nome de Jesus.
*Oração* : Senhor, estou aqui e confesso que quero voltar. Ajuda-me a levantar-me e ir em busca da paz que perdi, em nome de Jesus!
(Marcos Stier Calixto - Devocionais Avivamento)
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