SANTIDADE



Existe um tema nesses capítulos (Levítico 8 a 22) que se destaca de todos os outros. Tanto em relação ao povo como em relação aos sacerdotes, a palavra que se destaca é “santo”. Palavras como “santificado, separado, consagrado” expressam a mesma ideia. Deus está procurando verdadeiros adoradores que o adorem em espírito e em verdade, mas para adorar a Deus você precisa ter um caráter específico. Qual é esse supremo caráter que Deus requer de seus adoradores? É santidade, separação. O Senhor disse: “Sede santos, porque Eu Sou santo”. É necessário que haja uma identidade, uma adequação entre Deus e o adorador. Na verdade, aquilo que você adora passa a caracterizá-lo. Se você adora um ídolo, pouco a pouco se tornará como aquele ídolo. Se você adorar ao Deus vivo, gradualmente se tornará como Ele, adquirindo Seu caráter. Essa é a razão pela qual o caráter do adorador é de fundamental importância na adoração a Deus. Se queremos ser verdadeiros adoradores, Deus requer que sejamos um povo separado, um sacerdócio santo.


A razão da santidade é muito simples. Vez após vez encontramos nestes capítulos (Levítico 8 a 22) a expressão “Eu Sou o Senhor teu Deus”. Esta é a razão da santidade: o fato de que aquele a quem adoramos é o nosso Deus. Portanto, Ele requer que o adoremos em santidade. O salmista diz: “Adorai ao Senhor na beleza da santidade”. De outra forma, nossa adoração não será aceita: ela trará vergonha para Deus e Ele não será satisfeito. O oposto de 'santidade' não é 'pecado'. O oposto de 'pecado' é 'justiça'. O oposto de 'santidade' é 'ser comum', sem distinção, trivial. Deus quer que sejamos especiais. Ele nos disse: “Vós sereis meu povo peculiar”. Ele nos separou do mundo. Deus requer separação e, por causa disso, precisamos ser separados do mundo. Precisamos ser separados até mesmo do mundo religioso. Precisamos ser separados de nós mesmos, da velha carne. Precisamos ser dedicados a Deus. A separação ou a santidade tem dois lados: um se refere a ser separado de algo e o outro se refere a ser separado para algo. Estamos sendo separados de tudo que não é de Deus, assim como estamos sendo separados para tudo o que é dEle. Isso é santidade. É necessário que todos que adoram a Deus tomem sobre si o caráter de santidade. A única razão pela qual temos que ser santos é porque Deus é santo.


Notamos que com os filhos de Israel essa separação tinha um caráter mais externo. Havia certas coisas que eles não deveriam fazer e outras coisas que eles precisavam fazer e isso os separava dos outros. Eles estavam separados do mundo por causa do que comiam e não comiam. O livro de Levítico mostra que haviam coisas impuras que eles não deveriam comer e isso se destinava a separá-los. Essa é a razão que os judeus consideravam os gentios como cães, pois eles comiam todas essas comidas impuras. A separação dos israelitas tinha um caráter mais relacionado com as coisas externas. Conosco, hoje em dia, essa separação é uma questão interior. É a vida de Cristo que opera essa separação em nós. À medida que a vida de Cristo começa a crescer em nós, tornamo-nos mais e mais separados. Não se trata mais de coisas exteriores. Disso não há dúvida alguma. Contudo, isso tem que começar com uma vida interior. Gradualmente, nos revestimos do caráter de Cristo. À medida que Cristo vai sendo formado em nós, a muralha que nos separa do mundo e de tudo o que não é de Deus vai erguendo-se mais e mais. Finalmente, na Nova Jerusalém, temos a maior muralha jamais vista no mundo inteiro. É uma separação completa. A santidade é de suprema importância na casa de Deus.


Stephen Kaung


Extraído do livro, Havendo Deus Falado – Vol. 1, página 62 a 64 – Edições Tesouro Aberto.


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