Uma consideração em relação à santificação do espírito
“A promessa de bênção de Deus (6:17 - 7:1). Quando cremos em Jesus Cristo como Salvador, Deus se torna nosso Pai, mas não pode ser um Pai para nós, a menos que lhe obedeçamos e que tenhamos comunhão com ele. Deus anseia por nos receber em amor e nos tratar como seus filhos e filhas queridos. A salvação significa que compartilhamos a vida do Pai, mas a separação significa que desfrutamos plenamente o amor do Pai. Jesus prometeu esse amor mais profundo em João 14:21-23. Deus abençoa os que se separam do pecado e para o Senhor. Abraão deixou Ur dos caldeus, e Deus o abençoou. Então, em um ato de transigência, Abraão foi para o Egito, e Deus teve de discipliná-lo (Gn 11:31 - 12:20). Enquanto Israel se manteve separado das nações pecadoras de Canaã, Deus o abençoou; mas, depois que começou a se misturar com os pagãos, Deus teve de discipliná-lo. Tanto Esdras quanto Neemias precisaram ensinar ao povo novamente o que significava manter-se separado (Ed 9 - 10; Ne 9:2; 10:28; 13:1-9, 23-31). Todos temos algumas responsabilidades espirituais decorrentes das promessas que Deus nos dá em sua graça (2 Co 7:1). Devemos nos purificar, de uma vez por todas, de tudo o que nos contamina. Não basta pedir a Deus que nos purifique. Devemos limpar a vida e nos livrar do que contribui para o pecado. Nenhum cristão pode julgar o irmão ou irmã; cada um sabe dos problemas no próprio coração e vida. Muitas vezes, os cristãos tratam dos sintomas, não das causas. Confessamos repetidamente os mesmos pecados, pois não chegamos à raiz do problema para nos purificar. Talvez haja alguma "concupiscência da carne", algum "pecado de estimação" que alimenta a velha natureza (Rm 13:14). Ou talvez se trate de alguma "torpeza do espírito", uma atitude pecaminosa. O filho pródigo cometeu pecados da carne, mas seu irmão mais velho "virtuoso" cometeu pecados do espírito. Não era sequer capaz de se relacionar com o próprio pai (ver Lc 15:1 1-21). No entanto, nossa purificação é apenas metade da responsabilidade; também devemos "[aperfeiçoar] a nossa santidade no temor de Deus" (2 Co 7:1). Trata-se de um processo constante, à medida que crescemos na graça e no conhecimento (2 Pe 3:18). É importante ser equilibrados. O s fariseus eram zelosos quanto à purificação, mas não se dedicavam a aperfeiçoar sua santidade. Mas é tolice tentarmos aperfeiçoar a santidade, se ainda há pecados manifestos em nossa vida. Paulo pediu apreciação e separação e, agora, faz um último apelo em sua tentativa de recuperar o amor e a devoção dos cristãos de Corinto.”
(Comentário Bíblico Wiersbe)
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