Os planos do Senhor

 "O coração do homem faz planos, mas a resposta certa vem do Senhor." (Prov. 16:1)


O que acontece quando Deus muda os nossos planos, para que os planos Dele sejam cumpridos através de nós?


Ontem foi um dia fora do ordinário para mim. Acordei com dor no meu olho esquerdo e quanto mais o tempo passava, mais a dor intensificava. Estava com muitas coisas para fazer, então tentei ignorar a dor. Trabalhei sem parar até a hora do almoço, mas a dor não passava. Então comecei a pensar: e se a pressão do olho estiver muito alta, e se houver uma lesão na córnea? Consultei o Google, e ele me deu uma lista de outras possíveis complicações (algumas gravíssimas). Chamei o meu esposo e disse que precisávamos ir rapidamente ao hospital, pois não podia perder minha visão naquele olho, já que o outro, estava com sequelas de complicações passadas. 


A clínica de olhos fica num hospital que está sendo reformado, tornando difícil acesso à entrada. 

Quando chegamos em frente ao hospital, vimos uma moça (com aparência de indiana), nos esperando para pedir informação de como chegar à clínica de olhos. Dissemos a ela que nós também estávamos indo para lá. Ela nos disse que parecia estar perdendo a visão, que desde o dia anterior estava enchergando muito pouco. Prontamente a conduzimos até a clínica, já que aquele era também o nosso destino. A sala de espera do atendimento de emergência estava lotada e havia um cartaz com letras grandes em vermelho que dizia: tempo médio de espera 6 horas. Meu esposo comentou que ficaríamos ali até a noite, mas no meu íntimo eu sabia que não precisaríamos esperar tantas horas. Logo percebi que a dor e desconforto do meu olho tinham desaparecido. 


Procurei a moça que tínhamos conduzido até a clínica. Ela aguardava noutra sala. Fui sentar-me ao seu lado e ela me contou a sua história: tinha vindo de Sri Lanka, onde era professora de inglês, e acabara de concluir dois anos de pós graduação na Inglaterra. Em duas semanas estaria retornando para Sri Lanka, onde deixara sua família, incluindo seu filho de dez anos de idade. Há seis meses sua mãe havia falecido e ela não pôde ir ao funeral. Esta moça tinha uma expressão singela de humildade e se vestia de forma muito simples. Ela tinha viajado de ônibus por mais de uma hora para chegar ao hospital. Alguém a ajudou financeiramente com a passagem. Meu coração se encheu de compaixão por ela. Oramos por ela e lhe demos uma pequena ajuda financeira. 


Após duas horas na clínica, meu esposo e eu estávamos a caminho de volta para casa. O oftalmologista não encontrou nada de errado com a minha visão e eu me sentia perfeitamente bem. 


A minha, agora amiga, de Sri Lanka, me passou mensagem agradecendo pelos momentos de sorrisos que proporcionamos a ela durante este tempo tão difícil de sua vida. Ela precisou ficar em observação durante a noite, mas deve receber alta hoje. 


Planos frustrados? Não. Planos alinhados ao supremo propósito de Deus. Só mesmo Ele para marcar um encontro entre desconhecidos, com tamanha precisão de tempo e circunstâncias.


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