União com Cristo - Parte 2

*O amor atrativo de Cristo*


“Senhor, desejamos contemplar-Te de forma renovada. Que o Senhor possa nos favorecer, revelando mais da beleza da pessoa e da obra do Senhor por Teu Santo Espírito. Que teu amor inunde nossos corações. Rogamos em teu precioso nome.” 


Estamos considerando essa benção gloriosa - nossa união com Cristo.

Seus frutos são excelentes, suas graças abundantes e sua doçura incomparável.

Ó amados, isso é muitíssimo precioso. É de singular importância para nós esta consideração. Que o Senhor conceda graça para que eu saiba dizer ‘boa palavra ao cansado’ e que essa porção seja como ‘a pena de um habilidoso escritor’ consagrada ao Rei dos reis e Senhor dos senhores para o seu inteiro agrado.

*A lei do amor é escrita no coração onde o amor de Deus é derramado por meio do Espírito Santo* (1)

Lemos na Palavra que Deus é amor e a expressão do Seu amor por nós foi Cristo manifesto como o dom da vida eterna (Jo 3:16). “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.” (Is 9:6) O amoroso Pai entregou o seu Filho amado à morte para tê-Lo de volta através da ressurreição em cada um dos seus eleitos de sua grande família. Foi para que pudéssemos nascer do alto - de Deus - que Jesus Cristo participou de carne e sangue nascendo neste mundo.(Hb 2:14; Lc 19:10)

Todavia, Cristo morreu por nós quando não havia nada de bom para ser visto em nós e nada de bom para ser dito por nós, mas sim, ‘sendo nós ainda pecadores’. (Rm 5:8) “O primeiro laço entre minha alma e Cristo não é minha bondade, mas minha maldade, não é o meu mérito, mas minha miséria (fraqueza), não é minha posição, mas minha queda, não é minha riqueza, mas minha necessidade.”² (Lc 5:32)

Porventura esse amor celestial não reluz os atributos gloriosos de Deus na redenção do Seu povo escolhido? Oh! “Foi o incompreensível amor de Cristo que nos atraiu a Ele. Merecíamos a condenação, mas Ele nos justificou. Merecíamos o inferno, mas Ele nos livrou. Graça, absolutamente graça!... Devido a nossa rebelião deveríamos ser banidos eternamente da presença de Deus, mas o Senhor avocou para si toda a culpa do nosso pecado. Cristo foi punido por nós naquela rude cruz.”¹ “Aquele (Cristo) que não conheceu pecado, ele (Deus) o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus.” (2 Co 5:21). Ele, o único justo - varão provado e aprovado - morreu pelos injustos para nos conduzir a Deus. Aleluia! Já foi dito que “misericórdia é Deus não dando o que merecemos e graça é Deus dando o que não merecemos.” Nisso vemos a origem da morte de Cristo e o amor divinal em ação: “...o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados…Contudo foi da vontade do Senhor esmagá-lo e fazê-lo sofrer.” (Is 53:5; 10) Oh! O Senhor preferiu punir o Seu amado Filho do que nos ver separados dele! Que amor é esse? Por quem Ele sofreu? “Dificilmente, alguém morreria por um justo; pois poderá ser que pelo bom alguém se anime a morrer” (Rm 5:7), mas Cristo morreu por pecadores, ofensores da santa Lei de Deus.

“O Amor de Deus é sempre sobrenatural, sempre um milagre, sempre a última coisa que poderíamos merecer”.* Sim, a nossa condição era de pecado e inimizade contra Deus quando esse amor foi manifestado através da entrega de Cristo. (ver Rm 5:6-8) "Jesus não ama como nós. Nós amamos até que sejamos traídos. Jesus continuou até à cruz apesar da traição. Nós amamos até que sejamos abandonados. Jesus amou ao longo do abandono. Nós amamos até certo limite. Jesus ama para sempre."³ "... sabendo Jesus que era chegada a sua hora de passar deste mundo para o Pai, tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os  até ao fim." (Jo 13:1)

“Jamais conseguiremos mensurar o grau do amor que Cristo demonstrou por nós quando se entregou para morrer numa cruz. É demais para o pobre raciocínio humano quantificar a medida desse amor. O que levou a Cristo abrir mão de todo esplendor de sua glória para vir a este mundo caído? O que O motivou a se entregar para ser humilhado, a tal ponto que fosse achado em figura humana? Como admitir que o Todo poderoso tomou forma de servo? Como podemos aceitar que o Criador deste universo consentiu em nascer num lugar desprezível, em uma manjedoura? (Lc 2:12). Somente duas palavras conseguem responder estas perguntas: Por amor.”¹ Nossa mente falha em atingir o significado de tamanha humilhação. Mas Ele se humilhou até à morte de cruz, como está escrito (Fp 2:6-11), por isso, ninguém, senão Ele mesmo é perfeitamente o único qualificado para salvar o pobre pecador, e Ele pode salvar totalmente a todo aquele que se chega a Deus por Seu intermédio, pois Ele se tornou o Líder da nossa salvação, o Apóstolo e Sumo Sacerdote da nossa confissão (Hb 2:10; 3:1; 7:25). Oh, por toda a eternidade esse Senhor maravilhoso carregará em Seu corpo as marcas do amor eterno por nós (Jr 31:3; Is 49:16). Sim, o Seu amor por nós é tão intenso que atravessa as eras da eternidade. Disse nosso amado irmão Tomaz que “antes que o primeiro átomo, que comporia um grão de pó fosse criado, o amor já era uma realidade. Antes mesmo da criação de todas as hostes celestiais, já éramos fruto do amor eterno deste Senhor maravilhoso.” Aleluia! Isso é a pura realidade (ver 1 Pe 1:19-20; Ap 13:8b). “Fomos unidos de modo eterno e irreversível em Cristo quando Ele nos atraiu a si mesmo. Aquilo que já havia acontecido na eternidade, agora se torna realidade para nós.” (Jo 12:32) Estamos para sempre guardados em suas mãos de poder pelo seu amor eterno (Jo 10:27-30).

Ó amados irmãos e irmãs, não podemos conceber esse amor apenas em nossa mente sem sermos impactos por tal amor. É o amor do Senhor! É o amor constrangedor que governa aquele que foi alcançado por ele (ver 2 Co 5:14-15). O amor gera amor. O Senhor deseja que permaneçamos nesse mesmo amor tal como o Pai o amou para que esse amor flua da Cabeça aos membros do seu Corpo e todos gravitem nesse santo e contagiante amor. (Jo 15:9-13) Esse amor é constrangedor e nos impacta em nosso viver. (2 Co 5:14-15) 

Oh, que vivamos sempre nessa esfera bendita desse precioso amor em união com o Amado de nossa alma e aqueles que nos tocam sejam impactados. Amém! 


"O celestial habitante da minha alma mudou tudo... 

Ele abriu todos os compartimentos do meu ser e os encheu e inundou com a luz radiosa da sua presença; 

O vacuum se tornou plenum; uma intocável mancha foi alcançada e todas suas asperezas derreteram-se...

'O amor divino que excede todos os amores'. 

Agora eu gostaria de ter o poder de mil corações para amar, e a capacidade de mil línguas para proclamar Jesus, 

O Senhor absolutamente admirável, o Salvador completo, capaz de salvar totalmente aqueles que por Ele se achegam a Deus" ** 


((1) A. Murray; ¹ Tomaz G.; ² C.H.Spurgeon; ³ Dane Ortlund; *Robert Hom; **Daniel Steele )

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

PÉROLAS CRISTÃS

AUDIOBOOKS

MEDITAÇÕES