A EDIFICAÇÃO DA IGREJA - Uma breve consideração
Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela… Chegando-vos para Ele, a pedra que vive, rejeitada, sim, pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa, também vós mesmos, como pedras que vivem, sois edificados casa espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo."
(Mateus 16:8; 1 Pedro 2:4-5)
“Jesus está edificando a sua Igreja cujo fundamento é Ele mesmo. O material que o Senhor tem usado não tem nada a ver com tijolos ou argamassa. Não podemos nos esquecer que a matéria prima utilizada na edificação da Igreja é o próprio Cristo. A sua Igreja é formada de reais pedras vivas…”¹
A consumação dessa gloriosa edificação vemos claramente no livro de Apocalipse 21:9-21- a Nova Jerusalém; a Noiva, a Esposa do Cordeiro.
“O verso 11 destaca que ela tem sobre si a glória de Deus, sendo o seu fulgor semelhante a uma pedra preciosíssima. O verso 18 aponta que a cidade é de ouro puro, semelhante a vidro límpido. O versículo seguinte mostra que o adorno dos fundamentos da muralha da cidade é composto de toda espécie de pedras preciosas. E no verso 21, encontramos que as doze portas da cidade são doze pérolas.
O ouro, as pedras preciosas e as pérolas são figuras que expressam a Igreja gloriosa do Senhor Jesus. Para obtermos o ouro puro, livre de impurezas, o metal deve ser submetido ao fogo. As pedras preciosas, encontradas em rochas, montanhas e solos profundos, nada mais são do que o resultado do trabalho de muita pressão. E as pérolas são formadas debaixo de muita irritação.
Aqui está um ensino de grande valor, pois figuradamente, vemos de modo claro que a edificação da Igreja de Cristo está relacionada com a obra da cruz. Fogo, pressão e irritação são instrumentos que o Senhor usa para forjar o caráter de Cristo em cada regenerado. O livro de Romanos 8:28-29 revela o projeto de Deus para os seus santos: “Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que Ele seja o primogênito entre muitos irmãos.”¹
Daí o propósito das muitas tribulações que sobrevém ao povo do Senhor para forjá-lo conforme seu santo desígnio (1 Pe 4:12-13; At 14:22).
“Convém que Ele cresça e nós diminuamos" (Jo 3:30). A cruz que operou eficazmente no regenerado em sua salvação é, agora, a cruz que opera diariamente em seu viver, subjetivamente. (cf. Lucas 9:23) A cruz é tanto uma posição quanto um processo (cf. Rm 6:8-11).
Certamente, queridos irmãos e irmãs, estamos confiantes quanto a isto: aquele que começou sua boa obra em nós continuará a desenvolvê-la até o dia de Jesus Cristo (Fp 1:6). "Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta, olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus. Considerai, pois, atentamente, aquele que suportou tamanha oposição dos pecadores contra si mesmo, para que não vos fatigueis, desmaiando em vossa alma." (Hebreus 12:1-3)
(¹Tomaz Germanovix)
Aos chamados, amados em Deus Pai e guardados em Jesus Cristo, a misericórdia, a paz e o amor vos sejam multiplicados. (Jd 1:1-2)
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