O Maior problema do homem e a solução de Deus

 


"Dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me." (Lucas 9:23)


Para efeito ilustrativo, se fosse perguntado para muitos: Qual é o seu problema?

Talvez alguns responderiam: - Minha esposa é um problema… 

Outros: - Meu esposo é um problema… 

E ainda outro: - Meu filho é um problema… 

- Minha filha… - Meu chefe… - Meu patrão… - Meu empregado…- Minha sogra… - Meu colega de trabalho… - Meu vizinho… - Meu cachorro… - Meu gato… e por aí vai! A lista parece interminável!  

Não podemos ser insensíveis quanto a essa questão, pois de fato são muitos e múltiplos os problemas que atingem e afligem a todos os homens e mulheres, sejam eles ricos ou pobres, sábios ou ignorantes, tanto plebeus como os de fina estirpe.     

Mas, no que tange a causa da miséria humana com todas as suas implicações, qual é o maior problema do homem? O que trouxe essa desordem na constituição humana? O que a Bíblia menciona a respeito disso?

O apóstolo Paulo direcionado pelo Espírito Santo esclareceu essa questão em poucas linhas, mas bem objetiva: "Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram… Porque bem sabemos que a lei é espiritual; eu, todavia, sou carnal, vendido à escravidão do pecado.” (Rm 5:12; Rm 7:14) 

O maior problema do homem só tem duas letras - ‘EU’. Este é tão sutil que raramente alguém percebe sua presença.¹

Frederick Brotherton Meyer disse com muita sensibilidade: “Nunca devemos dizer que o eu está morto; se o disséssemos ele riria de nós antes que virássemos a esquina.”

Consideremos isso melhor do ponto de vista cristão. 

“O "eu" no centro da vida é a causa final de toda miséria e tristeza humanas. A batalha mais terrível que enfrentamos é a luta contra a preocupação e interesses do próprio "eu". Quanto mais apegados somos a nós mesmos, mais sofremos. A auto-suficiência do homem é o seu pecado maior. Segundo a Bíblia, pecado é a independência de Deus. Alguém disse que o invejoso não tem vizinho, o irascível não tem a si próprio, mas o egoísta não tem a Deus. O egoísta é aquele que num raio que ocupa "apenas" o universo, consegue enxergar somente a sua justiça. É alguém que está cercado de si mesmo por todos os lados.”²

Um cristão anônimo refletiu radicalmente: “Nesta vida, muito freqüentemente estamos interessados em três pessoas apenas: eu, eu e eu.” Outro disse: “A doença mais comum do mundo é a preocupação com o "eu".” Muitos, no que fazem, buscam secretamente a si mesmos, sem o saber.”³ 

O coração do ególatra é tão estreito que nada cabe aí dentro, a não ser ele mesmo. Jó tinha um conceito assoberbado em relação a si próprio. Parte de sua experiência foi vivenciada contendendo com Deus. Ele era tão satisfeito com a sua vida de justiça própria que afirmou: “Estou limpo, sem transgressão; puro sou e não tenho iniquidade. Eis que Deus procura pretextos contra mim e me considera como seu inimigo.” (Jó 33:9-10). Que terrível engano é alguém pensar que a sua própria justiça o justifica diante de Deus.” 

“Toda a ruína e maldade do pecado consistem no fato do homem ter-se afastado da

vontade de Deus para fazer a sua própria. A redenção de Cristo não tinha razão nem propósito ou possibilidade de sucesso de nenhuma outra forma, senão restaurando o homem para fazer a vontade de Deus. Foi com esse propósito que Jesus morreu.

Ele entregou sua própria vontade; ele deu sua própria vida, ao invés de fazer sua própria vontade. Foi essa atitude que deu valor ao fato de ele ter tomado sobre si os nossos pecados, com sua maldição e consequências. Da mesma forma, foi essa postura que deu valor ao fato de ele ter experimentado a morte por cada homem. Jesus abriu mão de sua própria vontade, abriu mão de sua própria vida, ao invés de fazer sua própria vontade. Nesse fato consiste o valor infinito de seu sangue. É isso que fez dele uma real propiciação pelos pecados do mundo.” Graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor. (Rm 7:25ª)

*Cristo - o maior exemplo de humildade, abnegação e amor*. 

Cristo é o Salvador suficiente.(Hb 2:14-15)

A solução de Deus - Jesus Cristo e este crucificado (1 Co 2:2). 

A libertação do pecador, do pecado e dos pecados é o próprio Filho de Deus e sua obra redentora do Calvário (Jo 1:29). Jesus “que por natureza sempre foi Deus, não se apegou a seus privilégios como alguém igual a Deus, mas despiu-se de todas as vantagens, consentindo em ser escravo por natureza e em nascer como homem” para salvar o homem de sua condição ególatra. E visto claramente como ser humano, Cristo humilhou a si mesmo, levando uma vida de inteira obediência até a morte, e morte como a de um criminoso qualquer. (Fp 2:5-8) Assim vemos que Jesus Cristo veio a este mundo para tratar com o mal do homem, o seu próprio "eu". No livro de 2 Coríntios 5:14-15, está registrado: Pois o amor de Cristo nos constrange, julgando nós isto: um morreu por todos; logo, todos morreram. E ele morreu por todos, para os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou.” “Porque eu, mediante a própria lei, morri para a lei, a fim de viver para Deus. Estou crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim.” (Gl 2:19-20) Graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor!   

(¹ A. W. Tozer; ²Tomaz G.;³ Tomás a Kempis; * Andrew Murray)

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