O que é que é nascido de novo?

 

Esta experiência é dita por Cristo ser imperativa (João 3:3,5, etc.).

Nicodemos tropeçou na questão física, mas logo foi informado que "o que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito". Em primeiro lugar, então, e obviamente, não é o corpo que nasce de novo. Mas também não é a alma! "O corpo pecaminoso da carne foi destruído" (Rm 6:6), e "os que são de Cristo crucificaram a carne com as paixões e concupiscências" (Gl 5:24). As passagens semelhantes a estas são muitas para citar, mas procure "carne", "velho homem", "homem natural", etc. A resposta à pergunta é enfaticamente que o novo nascimento é a revivificação do espírito humano pelo Espírito de Deus, comunicando-lhe a vida divina, e assim uma reunião do homem com Deus por uma vida no homem interior. Isso, é claro, é somente com base na ressurreição de Cristo, e é a união do crente com Ele nela; implicando que todo o significado de Sua morte como expiatória, substitutiva e representativa, foi aceito pela fé, embora talvez não compreendido. A partir desse momento é "em novidade de espírito" (Rm 7:6). A alma ainda pode ser capaz de seus antigos medos, dúvidas, questionamentos, sentimentos, etc., mostrando que não é uma nova alma: mas há algo mais profundo do que tudo isso, e Deus é maior do que nossas almas. Aquilo que é a coisa mais verdadeira sobre o recém-nascido é muitas vezes mais profundo do que a consciência, e embora a alma, e mesmo o corpo, possam obter o bem e desfrutar da bênção, Deus procurará nos desmamar, como bebês, das sensações para o fato e para ele mesmo. Aqueles que devem ter e exigir, nos sentidos, evidências contínuas de sua nova vida não crescerão espiritualmente, mas permanecerão bebês. 

Theodore Austin-Sparks