ACHEGUEMO-NOS COM OUSADIA
"Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna." (Hebreus 4:16)
O grande fruto da redenção de Cristo é que temos ousadia para entrar à presença de Deus pelo sangue de Cristo Jesus e ali permanecer continuamente (Hb 10:19-22).
Essa expressão - "Acheguemo-nos, portanto, confiadamente" - está colocada na forma mais elevada de confiança, na segurança inabalável de que nada há que nos possa impedir, e em uma conduta que corresponde a essa convicção. A expressão confiadamente sugere o pensamento de nos achegarmos ao trono de Deus sem temor, sem dúvidas, com nenhum outro sentimento senão aquele da liberdade como a que uma criança experimenta ao falar com seu pai.
Essa ousadia é o que o sangue de Cristo, em seu valor infinito, assegurou para nós, e o que seu sacerdócio celestial opera e mantém em nós. Essa ousadia é o resultado natural e necessário do olhar atento de adoração e de fé colocado sobre nosso grande Sumo Sacerdote sobre o trono. Essa ousadia é o que o Espírito Santo opera em nós como a participação interior no acesso de Cristo à presença de Deus. Essa ousadia é a essência de uma vida cristã saudável. Se há algo que o cristão deve cuidar e ter como objetivo é manter ininterrupta e livre de qualquer impedimento a convicção e a prática viva de achegar-se a Deus com ousadia. Aproximemo-nos, portanto, com ousadia. Jesus, o Filho de Deus, é nosso Sumo Sacerdote. Nossa ousadia para entrar na presença de Deus não é um estado que produzimos em nós mesmos por meio de meditação ou esforço. Não! O Sumo Sacerdote vivo e amoroso, que é capaz de compadecer-se de nós e concede-nos graça para socorro em ocasião oportuna, ele mesmo sopra e opera essa ousadia na alma que deseja perder-se nele. Nossa ousadia consiste em encontrar e sentir Jesus em nosso coração pela fé. Como o Filho, cuja casa somos nós, ele habitará em nosso interior e, por meio do obrar de seu Espírito, ele mesmo será nossa ousadia e nosso acesso ao Pai. "Acheguemo-nos, portanto, com ousadia".
Andrew Murray
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