Participantes da Cruz - Tanto uma posição como um Processo

 


“levando sempre no corpo o morrer de Jesus, para que também a sua vida se manifeste em nosso corpo. Porque nós, que vivemos, somos sempre entregues à morte por causa de Jesus, para que também a vida de Jesus se manifeste em nossa carne mortal." (2 Co 4:10-11) 

      

“Potencialmente, a obra do Calvário é uma operação concluída. Judicialmente, como crentes, estamos mortos em Cristo no sentido ético. Assim o Pai nos julga. Não podemos tampouco acrescentar nem tirar de uma obra divinamente consumada.”¹ Em Cristo, o homem é restaurado judicialmente: não há mais condenação; vitalmente: não há separação; governamentalmente: não há mais alienação², mas “a cruz é tanto uma posição quanto um processo.”  


“Alguém poderia pensar: Morri em Cristo. De agora em diante não terei mais problemas com o meu ego! Este pensamento é falso. Eis uma verdade: Estou crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. Gálatas 2:19b-20a. Eis outra verdade: Levando sempre no corpo o morrer de Jesus, para que também a sua vida se manifeste em nosso corpo. Dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me. 2Coríntios 4:10 e Lucas 9:23. A operação da cruz exerce um poder de ação contínuo em nossa vida. Deus, por sua graça, quer que reflitamos o caráter de Cristo em nosso viver diário. O Senhor é especialista em ajeitar as circunstâncias que envolvem o nosso dia-a-dia para atingir o seu intento. Ele sabe como lidar com cada um de nós. As provações não são aleatórias, elas são encomendas enviadas a nós pelo próprio Pai. A fim de que ninguém se inquiete com estas tribulações. Porque vós mesmos sabeis que estamos designados para isto. 1Tessalonicenses 3:3. As provações mostram, de maneira clara, o quanto vivemos pelos nossos próprios interesses e justiça. Toda expressão de mágoa, rancor, falta de perdão, sensibilidade mórbida, vitimismo... em realidade, denunciam abertamente a nossa egolatria. Rosaly Apleby afirmava: O esvaziamento na vida, do egoísmo, da vaidade, do orgulho, e de todas as ciladas do eu é tão custoso que poucos chegam a ser vasos de bênçãos, jarros de cristal, para refletir seu Mestre. Somente pela graça podemos ser livres de nós mesmos.”³


(¹F.J.Huegel; ²G.C.Morgan; ³Tomaz Germanovix)


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