A Igreja, O Verdadeiro Tabernáculo
No Antigo Testamento, encontramos um tipo de figura, de projeto do
verdadeiro templo do Senhor. Encontramos essa figura a partir do capítulo 25 do livro
de Êxodo: o tabernáculo, aquele templo portátil que Deus ordenou a Moisés que se
fizesse lá no deserto. E, mais tarde, você vê a partir de 1 Reis, capítulo 6, a construção
do templo de Salomão em Jerusalém. No livro de Êxodo nós encontramos os detalhes
da descrição do tabernáculo, o qual constava de três partes principais: átrio, lugar santo
e lugar santíssimo.
Nós, a Igreja, no Novo Testamento, somos o verdadeiro tabernáculo que
Deus está construindo para a Sua morada eterna. Somos o verdadeiro templo de Deus.
Se olharmos as três partes do homem e as três partes principais do tabernáculo,
encontraremos algumas coisas que correspondem de uma forma impressionante. Até ao
átrio, tinham acesso todas as tribos, todos os israelitas, os prosélitos. O átrio era a parte
mais aberta do templo. O átrio corresponde ao nosso corpo, a parte mais externa do
nosso ser, pelo qual nós nos comunicamos com tudo que nos rodeia por intermédio
dos cinco sentidos.
No lugar santo do tabernáculo só os sacerdotes podiam entrar. O lugar
santo é comparado com a nossa alma, que é a parte que segue o corpo, a qual já não
pode ser penetrada por outros seres. A alma tem sua intimidade, a intimidade da nossa
própria personalidade. No lugar santo estava o candeeiro de ouro, a mesa dos pães da
proposição, o altar de ouro do incenso. Até ali, os sacerdotes podiam entrar e ministrar
ao Senhor, oferecer azeite, incenso, pão, mas os demais israelitas jamais podiam entrar.
Na alma reside a nossa vontade humana, nossa mente, nossas emoções que revelam a
nossa personalidade, nossa individualidade; até onde, em condições normais, não têm
acesso as demais pessoas. Como nós pudemos ver, o nosso corpo opera por meio dos
sentidos: tato, olfato, paladar, visão e audição.
No tabernáculo, havia também uma terceira parte, mais íntima, que é o
lugar santíssimo, onde estava a arca do pacto, de madeira de acácia coberta de ouro. E
por cima, havia o propiciatório. Dentro da arca havia o pote de maná, a vara de Arão
que floresceu e as tábuas da aliança. Este é o lugar mais íntimo, onde o sumo sacerdote
entrava, onde oferecia o sangue dos sacrifícios. Havia os querubins, que eram os
guardiões da glória e da justiça de Deus; eles velavam simbolicamente. (...)
(Luiz Fontes)
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