O Valor Glorioso do Sangue de Cristo
Ao derramar o seu próprio sangue sobre a cruz, Cristo estava derramando sua vida a favor do pecador.
Andrew Murray afirmou que o derramamento do sangue foi o ponto culminante dos sofrimentos de nosso Senhor Jesus Cristo. A eficácia expiadora daqueles sofrimentos estava naquele sangue derramado. Sem dúvida nenhuma, o valor do sangue é muito maior do que podemos admitir.
O foco deste estudo evidencia a perfeita eficácia do sangue de Cristo em relação à nossa redenção. Ao derramar o seu próprio sangue sobre a cruz, Cristo estava derramando sua vida a favor do pecador. O resgate do pecador teve preço de sangue, o precioso sangue do Filho de Deus. Alguém poderia perguntar: Porque o sangue de Jesus tem tal poder? Encontramos a resposta em Levítico 17:11e14a, onde lemos: Porque a vida da carne está no sangue. Eu vo-lo tenho dado sobre o altar, para fazer expiação pela vossa alma, porquanto é o sangue que fará expiação em virtude da vida. Portanto, a vida de toda carne é o seu sangue. Segundo a Palavra de Deus, a alma ou a vida está no sangue. O poder redentor encontrava-se no sangue que era oferecido a Deus, sobre o altar. O valor do sangue corresponde ao valor da vida que nele há. No Velho Testamento, a lei exigia o derramamento do sangue de animais sobre o altar como oferta pelo pecado. Lemos, em Levítico 16:15-16a: Depois, imolará o bode da oferta pelo pecado, que será para o povo, e trará o seu sangue para dentro do véu; e fará com o seu sangue como fez com o sangue do novilho; aspergi-lo-á no propiciatório e também diante dele. Assim, fará expiação pelo santuário por causa das impurezas dos filhos de Israel, e das suas transgressões, e de todos os seus pecados. Era tarefa exclusiva do sumo sacerdote, uma vez por ano, entrar nos Santo dos Santos, e ali oferecer o sangue do animal imolado sobre o propiciatório. O sangue do animal ofertado era aceito por Deus para a expiação do pecado. Quanto vale diante de Deus o sangue de um animal? Quanto vale diante de Deus a vida de um homem? Agora, quem pode calcular o valor ou o poder do sangue de Jesus? Neste sangue habitava a alma do Santo Filho de Deus. Alguém escreveu: A vida eterna da Divindade foi transportada naquele sangue. O poder daquele sangue nos seus diversos efeitos é nada menos do que o poder eterno do próprio Deus. O livro de Atos 20:28, registra: Atendei por vós e por todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para pastoreardes a Igreja de Deus, a qual Ele comprou com o seu próprio sangue. Na antiga aliança, nós temos apenas a sombra daquilo que estava por vir. Uma vez que os sacrifícios tinham que ser repetidos anualmente, estes se demonstravam ineficazes. Lemos, em Hebreus 10:1 e 4: Ora, visto que a lei tem sombra dos bens vindouros, não a imagem real das coisas, nunca jamais pode tornar perfeitos os ofertantes, com os mesmos sacrifícios que, ano após ano, perpetuamente, eles oferecem. Porque é impossível que o sangue de touros e de bodes remova pecados. Segundo Murray, quando pensamos em sangue derramado, pensamos na morte; a morte se segue, quando o sangue ou a alma é derramado. A morte nos faz pensar no pecado, porque a morte é o castigo do pecado. E Deus estabeleceu o derramamento de sangue como único meio para a expiação do pecado. Em Hebreus 9:22b, está escrito: Sem derramamento de sangue, não há remissão. Isto significa que o sangue é uma exigência divina para que haja a redenção do pecador. Nada, absolutamente nada que o homem possa fazer, será aceito por Deus como oferta pelo pecado. Somente o sangue pode redimir o pecador. A Bíblia denuncia que todo homem é pecador e, sendo assim, precisa ser redimido pelo sangue. Lemos, em Romanos 3:9b: Pois já temos demonstrado que todos, tanto judeus como gregos, estão debaixo do pecado. Todos nós nascemos pecadores e estamos separados de Deus por causa das nossas iniqüidades. No livro de Isaías 59:2, lemos: Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não vos ouça. O que podemos oferecer a Deus para que Ele nos aceite? Nossas obras? Nossa religiosidade? Nossa boa moral? Não existe outra maneira de sermos aceitos por Deus, a não ser pelo sangue de Cristo, vertido na cruz. Somente o sangue pode satisfazer a justiça de Deus. Na velha dispensação, o sangue dos animais era derramado em cumprimento da lei, e em obediência a Deus. O pecado era tão inteiramente coberto e expiado, que já não era contado como sendo do transgressor. Este era perdoado. No entanto, todos estes sacrifícios e ofertas eram apenas prefigurações, eram como sombra, até que viesse o Senhor Jesus Cristo. O seu sangue era a realidade à qual estas prefigurações apontavam. Atentemos para as palavras de Murray: Seu sangue tinha em si mesmo valor infinito, por causa da maneira em que foi derramado. Em santa obediência à vontade do Pai, sujeitou-se à penalidade da lei quebrada, ao derramar a Sua alma na morte. Por aquela morte, não somente a penalidade foi suportada, como também a lei foi satisfeita, e o Pai glorificado. Seu sangue fez expiação pelo pecado, tornando-o desta forma, impotente. Tem poder maravilhoso para remover o pecado, e para abrir o céu para o pecador, a quem purifica, e santifica, e torna digno do céu.
É extrema arrogância o homem apresentar-se diante de Deus com suas ofertas e sacrifícios pessoais. É sinal de humilhação quando este homem apresenta-se a Deus baseado unicamente no sangue do Salvador. Como são diferentes as ofertas de Caim e Abel. Lemos, em Gênesis 4:3-5: Aconteceu que no fim de uns tempos trouxe Caim do fruto da terra uma oferta ao Senhor. Abel, por sua vez, trouxe das primícias do seu rebanho e da gordura deste. Agradou-se o Senhor de Abel e de sua oferta; ao passo que de Caim e de sua oferta não se agradou. Irou-se, pois, sobremaneira Caim, e descaiu-lhe o semblante. Caim buscava agradar a Deus através do seu próprio esforço e foi rejeitado. Porém, Abel não se apresentou diante de Deus com sua moralidade, justiça própria ou comportamento, mas com o sangue de um animal inocente. Por causa do sangue, Abel foi aceito por Deus. A experiência do fariseu e do publicano também mostra que o sangue derramado é a única oferta que Deus aceita para justificar o pecador. Lemos, em Lucas 18:11-14a: O fariseu, posto em pé, orava de si para si mesmo, desta forma: Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como este publicano; jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho. O publicano, estando em pé, longe, não ousava nem ainda levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, sê propício a mim, pecador! Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele. Com certeza, o fariseu era um homem digno, moral e religioso, mas apresentou-se diante de Deus com um balaio repleto de orgulho e, por isso, foi rejeitado. O clamor do publicano estava baseado no sangue derramado sobre o altar, e não sobre a sua própria justiça. Ele aceitava a eficácia do sangue como a única condição para ser aceito por Deus e, por isso, foi justificado.
Qual é o abrigo seguro que garante minha redenção? Minhas obras, moralidade, costumes religiosos? Não, estas coisas só me condenam ainda mais. Somente o glorioso sangue de Cristo me oferece uma eterna e segura redenção.
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