Uma Breve Nota Sobre William Carey

 É muito interessante meditar na providência do Senhor na história do Seu povo, como Ele usou muitos de Seus ‘vasos fracos’, Seus instrumentos, para realizar grandes coisas e através deles trazer grandes livramentos ao Seu povo que redundaram em glórias ao Seu nome. Não faltam exemplos na Bíblia… Deus chama um Gideão - um homem que de seu ponto de vista próprio era “o menor na casa de seu pai” e “sua família a mais pobre em Manassés” (Jz 6:15), e através dele, Deus realizou um grande livramento ao povo de Israel sobre os midianitas (cf. Juízes 7). O Senhor toma um Davi - ‘detrás da malhada’ e o eleva a rei de Israel outorgando-lhe diversas vitórias sobre os povos inimigos com a promessa de um reinado futuro messiânico e promissor (cf. 2 Sm 7). Percebemos que em todos os vários exemplos mencionados na Bíblia, sobressai-se a seguinte premissa: "o poder de Deus se aperfeiçoa na fraqueza". Todo servo útil na conquista para Cristo é um “vaso de barro” (2 Co 4:7), fraco e sem valor em si. “Toda a glória é para o Tesouro, nunca para o vaso de barro.” E isso é justo, “para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós.”

E isso não foi diferente sobre William Carey, um sapateiro que ousou crer no poder de Deus e foi usado por Ele para Sua glória. Deixemos que ele mesmo fale de sua convicção: ‘*Espere grandes coisas de Deus, realize grandes coisas para Deus*’. Essa expressão que se tornou célebre foi pronunciada no início do seu ministério, e mesmo ao fim do seu ministério a fragrância de Cristo continuava a ser exalada do seu interior. Lembremos que em seu leito, quando se encontrava bem debilitado, recebeu a visita do sr. Alexander Duff.

Quando, ao se despedirem, ele disse ao visitante: - “Sr. Duth, o senhor tem falado sobre William Carey. Quando eu partir, não diga nada sobre William Carey, fale apenas sobre o Salvador de William Carey.” Aleluia! Louvado seja Deus! Na madrugada de junho de 1834, William Carey morreu em silêncio em sua cama. Ele tinha 72 anos de idade. No testamento, ele pediu para ser enterrado ao lado da segunda esposa, Charlotte. Ele ordenou que uma lápide simples fosse colocada em seu túmulo com seu nome e idade, sobre a qual deveria estar escrito: “Um verme miserável, pobre e indefeso, caio nos braços gentis do Senhor”. E assim os portões celestiais se abriram para receber mais um militante do exército do Senhor, enquanto seu corpo era carregado pelas ruas de Serampore até seu túmulo, cercado por uma grande multidão que prestavam suas últimas homenagens a esse herói da fé na causa de Cristo Jesus e do Seu reino. 


(por L.Cândido)

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