Entrando No Descanso de Deus


O primeiro dia de Adão nesta terra foi um dia de Sabbath. Deus criou o homem num sexto dia, e o primeiro dia completo que o homem teve foi o Sabbath, e esse dia de Sabbath se converte o primeiro dia para o homem. Transferido para o Novo Testamento, onde Deus acaba e aperfeiçoa a obra de Sua nova criação no Senhor Jesus, e entra no Seu descanso, é o Sabbath de Deus, e lá nós começamos. Esse é nosso primeiro dia – o descanso de Deus. Começamos em algo que já é perfeito. Este é o terreno da “aliança eterna”. Compreender a significância disso é ver o que a “aliança eterna” é, entrar diretamente num terreno perfeito e começar por aí. Não se trata de como nos consideramos a nós mesmos ou como nos sentimos em relação a isso, mas é o lugar de Deus para nós. O fato é, amado, que em Jesus Cristo você e eu nunca seremos mais perfeitos do que somos agora. Essas perfeições podem ser forjadas em nós progressivamente, mas, no que ao terreno de nossa aceitação diz respeito, somos “aceitos no Amado”, e Ele satisfaz inteiramente o Pai; o Pai veio a descansar Nele. A obra é perfeita. Nossa aceitação está sempre no terreno do descanso de Deus alcançado. Até que isso não seja solucionado, não teremos nenhuma coisa nos firmando quando Deus começar trabalhar em nós. Não esqueça disso. Se, quando Deus começar a lidar conosco em disciplina e correção, em treinamento, moldura e formação, começamos em algum momento a dizer, tudo isto é porque sou muito mau, muito malvado, e o Senhor tem que fazer alguma coisa comigo a fim de que eu seja aceitável, teremos cedido nosso terreno. Nós nunca seremos mais aceitáveis, por muito que o Senhor faça em nós. Temos sido aceitos, não no terreno do que somos, por mais maus ou bons que sejamos, porém, no terreno do Amado. “Aceitos no Amado”. Nós cantamos – e desejaria propor no coração mais e mais – que as Suas perfeições são as perfeições de nossa própria aceitação. É por aí que começamos. Bendito seja Deus, esse é o terreno de nossa confiança, e quando o Senhor começar a nos levar nas mãos e começarmos a sentir quão miseráveis somos, isso nunca implicará por um só momento que nós não somos aceitos. A aliança eterna significa aqui, em primeiro lugar, que nós somos aceitos no terreno da satisfação de Deus com Seu Filho. Se nós formos aceitos no nosso terreno próprio, onde permanecemos em nós mesmos, não haverá nenhuma aliança eterna, nenhum terreno de segurança algum. Seria uma questão de como estaríamos amanhã. Mas não, não é uma questão de como estamos ou estaremos. O terreno está estabelecido em Cristo. Agora, Deus está unicamente trabalhando para fazer cumprir em nós o que é verdadeiro no Seu Filho, mas isso não muda o terreno. Não permitamos abrir mão de nosso terreno. 


"Por T. Austin-Sparks  - Primeiramente publicado na revista “Uma Testemunha e Um Testemunho” Mar-Abr 1940, Vol 18-2"

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