Para onde irás?

 


“Há caminho que ao homem parece direito, mas ao cabo dá em caminhos de morte. Há caminho que parece direito ao homem, mas afinal são caminhos de morte.” (Provérbios 14:12; 16:25)


Imaginemos um barco que está afundando lá em alto mar, com o casco apodrecido e enchendo de água rapidamente. Da terra enviam um barco salva-vidas que vai atracar-se à embarcação condenada. O comandante do salva-vidas convida, em voz alta, a todos os ocupantes do velho barco a abandoná-lo o quanto antes.

Porém, todos se recusam obstinadamente. Um diz: "Este barco não é mau; apenas precisa de um conserto e pintura". Outro diz: "Caiam fora com esse salva-vidas! Temos aqui um bom carpinteiro especializado em consertar navios".

Os ocupantes continuam a jogar e a beber, enquanto alguns preparam ferramentas e tintas para consertar os buracos.

Alguns, porém poucos, compreendem o perigo em que estão, e valem-se do único meio de salvação. O barco avariado acaba afundando logo depois. (A.C. Groth).

O mundo no qual estamos inseridos pode ser comparado com esse barco. Está prestes a afundar. E, diante de tão grave situação, qual deve ser a nossa atitude? A pergunta "Para onde irás?" não é nada simpática, contudo não podemos ser negligentes a ponto de não considerarmos este assunto com a seriedade que lhe é devida. Estamos tratando de algo tremendamente importante, que envolve o destino eterno de nossa alma, portanto, não podemos brincar, pois isto seria loucura.

Vejamos como as Escrituras sagradas descrevem a fragilidade da vida humana: Atendei, agora, vós que dizeis: Hoje ou amanhã, iremos para a cidade tal, e lá passaremos um ano, e negociaremos, e teremos lucros. Vós não sabeis o que sucederá amanhã. Que é a vossa vida? Sois, apenas, como neblina que aparece por instante e logo se dissipa. Agora, entretanto, vos jactais das vossas arrogantes pretensões. Toda jactância semelhante a essa é maligna. (Tiago 4:13,14 e 16).

O assunto é urgente e não podemos procrastinar. É insensatez dar de ombros a tão importante questão. Infelizmente, muitos recusam-se a pensar nisto, pois estão muito envolvidos com este mundo e os seus prazeres. Jesus adverte a todos os descuidados da necessidade de serem prudentes e aprenderem com a história. Leiamos Mateus 24:37-39: Pois assim como foi nos dias de Noé, também será a vinda do Filho do Homem. Porquanto, assim como nos dias anteriores ao dilúvio comiam e bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca e não o perceberam, senão quando veio o dilúvio e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do Homem.

Que espetáculo de horror para os antidiluvianos!

Homens e mulheres correndo desesperados por todos os lados buscando abrigo e salvação, no entanto, já era tarde demais; foram todos engolidos pelo dilúvio. Ouviram por mais de cem anos o pregador Noé, mas não deram a devida atenção à sua urgente mensagem. Pelo contrário, mais e mais se afundavam em suas luxúrias. Na medida em que o tempo passava, homens e mulheres aumentavam ainda mais a porção de seus pecados. O livro de Gênesis 6:5 registra este fato: Viu o Senhor que a maldade do homem se havia multiplicado na terra e que era continuamente mau todo o desígnio de seu coração.

Lamentavelmente em nossos dias uma multidão incontável de pessoas vive entorpecida pelos prazeres deste mundo, e seguem afundando cada vez mais na lama do pecado.

Estão negligenciando o destino eterno de suas almas e, por terem suas consciências endurecidas devido ao pecado, estão vivendo completamente despreocupadas. É evidente que as condições do mundo de hoje assemelham-se àquelas que prevaleciam nos tempos de Noé.

O texto a seguir remete-nos para um cenário de mais de quatro mil anos atrás: A terra estava corrompida à vista de Deus e cheia de violência. Viu Deus a terra, e eis que estava corrompida; porque todo ser vivente havia corrompido o seu caminho na terra.

(Gênesis 6:11-12). Os pecados daqueles homens já tinham atingido o seu grau máximo, e Deus teve que lavrar sentença de condenação contra aqueles ímpios: Então, disse o Senhor: O meu Espírito não agirá para sempre no homem, pois este é carnal.... farei chover sobre a terra durante quarenta dias e quarenta noites; e da superfície da terra exterminarei todos os seres que fiz. Gênesis 6:3a e 7:4.

É possível que os antidiluvianos julgassem estar vivendo numa época de grande progresso, afinal a humanidade já tinha quase dois mil anos de existência. Mas, infelizmente, assim como hoje - na era do microchip - não se preocupavam com a pergunta: "Para onde irás?". Noé foi ridicularizado e as suas idéias estranhas de julgamento divino foram rejeitadas. Como poderiam crer no absurdo que águas cairiam do céu e inundariam toda terra? A Bíblia ensina que, até então nunca havia chovido sobre a terra. Com certeza, o pregador Noé era considerado um retrógrado, ou mesmo um louco.

No entanto, a história mostra que veio o dilúvio e levou a todos, salvo aqueles que buscaram refúgio na arca com Noé. Todos os demais que não se encontravam refugiados na arca, pereceram no dilúvio. Para os incrédulos já não havia qualquer esperança de salvação; era demasiado tarde. Todos os que pereceram não precisam mais se preocupar com a pergunta: "Para onde irás?", pois selaram o próprio destino por causa da incredulidade. Hoje se encontram em um lugar onde jamais desejariam estar. Só passarão por mais uma etapa antes de serem lançados no lago de fogo, enfrentarão o trono branco onde receberão a sua sentença.

Em seu sermão profético, o Senhor Jesus, de modo solene, adverte a todos nós: Acautelai-vos por vós mesmos, para que nunca vos suceda que o vosso coração fique sobrecarregado com as conseqüências da orgia, da embriaguez e das preocupações deste mundo, e para que aquele dia não venha sobre vós repentinamente, como um laço. Pois há de sobrevir a todos os que vivem sobre a face de toda a terra. Lucas 21:34-35.

Dia após dia, as condições deste mundo caído tornam-se mais semelhantes àquelas dos dias de Noé. A imoralidade está aumentando, a luxúria tem dominado muitos corações, a corrupção toma conta do homem, a violência atingiu patamares assustadores....

Vejamos o que o apóstolo Paulo, em sua derradeira carta escreveu sobre os últimos tempos: Sabe, porém, isto: nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis, pois os homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, enfatuados, mais amigos dos prazeres que amigos de Deus. 2 Timóteo 3:1-4. Estas palavras são verdadeiras e retratam com clareza os nossos dias. 

Muito em breve, este mundo será novamente apanhado desprevenido, com tão grande espanto quanto foi nos tempos de Noé. Por muitas passagens bíblicas somos advertidos de que estamos vivendo nos últimos dias: E, certamente, ouvireis falar de guerras e rumores de guerras; vede, não vos assusteis, porque é necessário assim acontecer, mas ainda não é o fim. Porquanto se levantará nação contra nação, reino contra reino, haverá fomes e terremotos em vários lugares. Mateus 24:6-7.

Embora o quadro acima seja terrível, ele apenas descreve aflições preliminares da grande tribulação que se aproxima. As palavras de Jesus são fortes. Porque nesse tempo haverá grande tribulação, como desde o princípio do mundo até agora não tem havido e nem haverá jamais. Haverá homens que desmaiarão de terror e pela expectativa das coisas que sobrevirão ao mundo; pois os poderes dos céus serão abalados, Mateus 24:21 e Lucas 21:26.

Será que, diante de tão clara exortação, podem os homens continuar agindo como aqueles ocupantes do navio condenado? Que desculpas darão ao Senhor mediante tantas

advertências? Não há mais tempo a perder, todos são convidados a crer em Jesus Cristo, pois Ele é o único que pode salvar o homem de sua miserável condição.

Somente escaparão aqueles que se refugiarem no Bendito salvador. Aquele que morreu na cruz do Calvário, o bondoso Senhor já providenciou, graciosamente, uma plena e poderosa salvação. Este é o verdadeiro Salva-vidas. Não há nada que o homem possa fazer, a não ser se render incondicionalmente ao Senhor Jesus. Cristo Jesus, em sua morte e ressurreição, consumou toda a obra da salvação do homem. No livro de Atos 4:12 está escrito: E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos. Toda a suficiência da salvação do pecador encontra-se na pessoa bendita de Cristo Jesus. Veja que promessa cheia de graça: Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. Romanos 10:13.

Os ocupantes daquele barco com casco apodrecido desprezaram o único meio de salvação que lhes foi oferecida e morreram afogados. Loucamente recusaram entrar no barco

salva-vidas e pereceram. Não seria loucura maior ver um pecador desprezar uma tão poderosa salvação? Desprezar a salvação é repudiar o Salvador.

No entanto, não precisa ser desta forma, pois... o Senhor é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento. Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão. 2 Pedro 3:9b. João 10:28. Estas promessas são para todos os habitantes deste mundo caído, portanto, não adie mais a sua decisão e receba, de graça, a sua salvação. Lembre-se, este assunto é uma questão de vida ou morte.

O infalível Salva-vidas dos homens está a postos, pronto para executar o grande resgate, no entanto, para onde irás? Que o Senhor tenha misericórdia!


Tomaz Germanovix 


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