Despenseiros fiéis

 


“Assim, pois, importa que os homens nos considerem como ministros de Cristo e despenseiros dos mistérios de Deus. Ora, além disso, o que se requer dos despenseiros é que cada um deles seja encontrado fiel” (1 Coríntios 4:1,2). 


Um despenseiro ou mordomo é um homem que, por um lado, mantém um relacionamento vivo com tudo o que seu senhor possui e, por outro lado, mantém um relacionamento igualmente íntimo com todos aqueles que buscam seu senhor para suprir suas necessidades ou receber algo de suas riquezas. 

Assim, o mordomo se torna responsável pela reputação de seu mestre. 

O que o mundo saberá a respeito do seu mestre está relacionado à sua conduta, e o que o mundo ou a família do mestre receberão de enriquecimento dependerá muito dele. Esta é uma ilustração muito simples, mas é isso, e muito mais que está associado à palavra "mordomo" ou "mordomia". 

O apóstolo Paulo denominou a si mesmo um mordomo ou despenseiro, e é impressionante notar que ele aplica o mesmo termo aos crentes na assembleia de Corinto (1Co 4:1). 

A exortação de Paulo é que os homens devem ser capazes de nos considerar como mordomos. 


Isso nos remete a algo mais do que meramente ter uma posição como crentes. Esse pensamento Divino da mordomia nos leva muito mais longe, nos conduzindo a um lugar de responsabilidade específica e definida primeiramente para com o Senhor, vinculando os Seus interesses a nós de maneira ativa; e então, em segundo lugar, de maneira prática, em direção aos homens. 

Somos mordomos, estamos em um ponto bem no meio, possuindo uma responsabilidade nessas duas direções. Um fato importante, que deve ser claro para todos nós, é que todos os tratos do Senhor conosco têm o objetivo de nos tornar mordomos eficazes para cada necessidade. 

Um mordomo deve ser qualificado para a sua mordomia. 

O cumprimento das suas funções demandará por experiência, e ele não as exercerá de acordo com sua própria vontade. 

Deve haver uma verdadeira preparação, desenvolvimento e concessão dessa mordomia. 

Sim, o Senhor sabe, e Ele nos conduz às experiências que nos tornarão mordomos de uma maneira viva. 

É isso que Ele está fazendo. 

O mordomo deve entender as necessidades universais e as muitas variedades delas, e as deve entender, de uma maneira que ninguém que apenas estuda tudo exteriormente o faz. A forma de o Senhor treinar Seus mordomos é os conduzindo através das situações. Quem seria mais capacitado para suprir uma necessidade, do que aquele que de fato a conheceu?

 

-- T. Austin-Sparks (A mordomia)


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