A perda do ego

 



“Assim, pois, todo aquele que dentre vós não renuncia a tudo quanto tem não pode ser meu discípulo” (Lucas 14:33). 


Existe algo no universo que é diametralmente oposto à Deus, e isso é o ego. A atividade do ego é a fonte de toda a natureza e procedimentos malignos do homem. Por outro lado, a perda do ego na alma eleva sua pureza! De fato, a pureza da alma é elevada na exata proporção da perda do ego. 


Enquanto empregarmos nossa natureza em algum caminho, as nossas faltas permanecerão. Mas depois que abandonamos o ego e seus interesses, não haverão mais erros, e tudo será pureza e inocência. 


Foi com o advento da entrada do ego na alma quando ocorreu a queda, que foi estabelecida uma diferença entre a alma humana e Deus. 


Como podem duas coisas tão diferentes serem unidas? Como pode a pureza de Deus e a impureza do homem serem trazidas à unidade? Como pode a simplicidade (ou singularidade) de Deus e a multiplicidade (ou inconstância) do homem se amalgamarem? 


Certamente isso demanda por muito mais do que nossos próprios esforços.  


O que, então, é necessário para obter essa tão desejada união? Um movimento a partir do Próprio Deus Todo-Poderoso. Só isso pode levar a termo essa união. 


Para que duas coisas se tornem uma, precisam ter naturezas similares. Por exemplo, a impureza da terra não pode ser unida à pureza do ouro. O fogo é introduzido para destruir a escória e tornar o ouro puro. É por isso que Deus envia o fogo à terra (e ele é chamado de Sua Sabedoria) para destruir tudo que é impuro em nós. Nada pode resistir ao poder daquele fogo. Ele consume tudo. Sua Sabedoria queima todas as impurezas no homem com um propósito: torná-lo preparado para a união divina. 


Madame Guyon (1648–1717)



Extrato selecionado do artigo “Way of the Cross”, cap 11, do livro “100 Days n the Secret Place”, de Gene Edwards.


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