ENQUANTO A RESPOSTA NÃO CHEGA!

 

Temos a tendência de querermos ver a Palavra de Deus cumprida logo para confirmarmos que era o que Deus queria. A questão é que Deus cumpre o que fala (1 Reis 8.56). E mais, jamais será confundido aquele que espera nele (Salmo 25.3a).

Sob a perspectiva humana é difícil, pois como o povo poderia absorver a espera do cumprimento da profecia das 70 semanas de Daniel, que era sobre o futuro de Jerusalém e a vinda do Messias? (Daniel 9.24,25). E, os 400 anos para a chegada de Cristo? O período histórico descrito pela Bíblia termina aproximadamente 420 anos antes do nascimento de Jesus Cristo, no capítulo 13 de Neemias. É também nesse período em que o último profeta é encontrado: Malaquias. Quatro séculos, portanto, separam o pedido de Neemias, do chamado ao arrependimento de João Batista.

O grande segredo é administrar o vínculo entre a vontade e o cumprimento delas numa postura de confiança e descanso. Não é fácil, mas essa é a atitude de sabedoria, quando levamos nossos pedidos diante de Deus.

Existem pessoas que dizem que as promessas precisam ser amadurecidas para o tempo da colheita. Creio que seria uma vontade plena estabelecida por Deus, a qual eu me subjugo e deixo o Senhor preparar meu coração para que no tempo dele, seja efetivada.

Podemos vivenciar momentos em que Deus opera poderosamente em nossos corações enquanto aguardamos por respostas no campo missionário. Uma dessas respostas pode levar anos para se concretizar, e durante esse tempo, Deus trabalha intensamente em nossos corações. Além disso, acreditamos que o período de espera também faça parte do plano de Deus, pois contribui para o nosso amadurecimento em relação ao desejo de encontrar até mesmo um parceiro para o casamento.

Podemos dizer que tudo isso se torna ainda mais significativo quanto o tempo não é um fator determinante. Saibamos que não há outra maneira além de nos aquietarmos, na consciência de que é com Deus que estamos falando e depositamos nossos anseios diante dele. Ele é sábio o suficiente para saber o que está fazendo (Salmo 46.10).

A prática na dinâmica da espera é carregar no coração um espírito de adoração e louvor, pois essa atitude fortifica a fé. Por outro lado, nos mantermos na perseverança, no modelo da viúva com a sua causa na justiça (Lucas 18), agregada à confiança de que Deus ouvirá, trará plena segurança ao nosso coração.

Por último, as pessoas com quem andamos ou temos comunhão podem ser um canal de desgraça ou de bênção nessa espera. Nos lembremos da mulher de Jó que pediu que ele amaldiçoasse a Deus. Cuidado, pessoas podem estar nos levando a abandonar nossa confiança no Deus que tanto amamos.

Guardemos no coração que Deus nunca deixará de responder, pois seus ouvidos não estão fechados e nem seus braços encolhidos para nos abençoar (Isaías 59.1).

Oração: Senhor, dá-me confiança e perseverança, num espírito de louvor, enquanto a resposta não chega, em nome de Jesus, amém!

(Marcos Stier Calixto - Devocionais Avivamento)