O objetivo dominante dos tratos divinos conosco


“Estou há tanto tempo convosco, e não me tendes conhecido, Filipe?” (Jo 14.9).

“E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.” (Jo 17.3)

Qual é o objetivo dominante dos tratos divinos conosco?

Resposta: É que conheçamos o Senhor. 

Isso explica todas as nossas experiências, provações, sofrimentos, perplexidades, fraquezas, situações desagradáveis ou difíceis, becos sem saída, confusões, pressões. Mesmo que o refinamento do espírito, o desenvolvimento das graças, a remoção das impurezas sejam propósito do fogo, no entanto, acima e por meio de todos eles há um único objetivo: que conheçamos o Senhor. Há somente uma maneira de realmente conhecermos o Senhor, e é experimentalmente.

Nossa mente está, com muita frequência, ocupada com serviço e obras; pensamos que fazer coisas para o Senhor é o principal objetivo da vida. Estamos preocupados com a obra à qual consagramos a vida, com nosso ministério. Pensamos no equipamento para isso em termos de estudo e de conhecimento de coisas. Ganhar almas ou ensinar os crentes ou capacitar pessoas para a obra estão mais no primeiro plano. Estudo da Bíblia e conhecimento das Escrituras, com eficiência na questão de liderar no serviço cristão como o fim em vista, são assuntos de importância premente para todos. Está tudo bom e correto com essas importantes questões, mas, acima de tudo, o Senhor está mais interessado em nosso conhecimento Dele do que com qualquer outra coisa. É muito possível ter uma maravilhosa compreensão das Escrituras, uma ampla e íntima familiaridade com a doutrina, defender as verdades cardinais da fé, ser um incansável obreiro no serviço cristão, ter uma grande devoção pela salvação dos homens e, ainda assim, infelizmente, ter um conhecimento interior pessoal de Deus muito inadequado e limitado. Muitas vezes o Senhor tem de tirar nossa obra para que possamos descobri-Lo. O valor último de qualquer coisa não é a informação que sobre ela damos, não é a ortodoxia da doutrina, não é a quantidade de obra que fazemos, não é a medida da verdade que possuímos, mas apenas o fato de conhecermos o Senhor de modo profundo e poderoso.

Isso é o que permanecerá quando tudo o mais passar. Isso é o que fará a permanência de nosso ministério depois de nós termos ido. Embora possamos ajudar outros de muitas maneiras e por muitos meios por toda a duração da vida deles, nosso real serviço a eles é baseado em nosso conhecimento do Senhor.¹ Meditemos nisto!

(¹ Extrato do artigo: “Conhecer o Senhor” de Theodore Austin-Sparks)


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