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“Mas vós folgareis e exultareis perpetuamente no que eu crio; porque eis que crio para Jerusalém alegria, e para o seu povo regozijo” (Isaías 65:18).
A palavra hebraica para “crio” neste versículo significa “trago à existência”.
Veja o que Isaías está dizendo: Deus está criando não só um novo mundo, mas também um povo especial. Ele está trazendo à existência uma noiva, que não apenas foi apartada deste mundo, mas aprendeu a regozijar-se em meio ao sofrimento.
O fato é que os nossos sofrimentos presentes se constituem numa escola de adoração. Dentre todas as maneiras pelas quais estamos aprendendo a louvar a Jesus, especialmente os nossos sofrimentos são treinamentos para aquele glorioso dia. Que quer dizer isto para os cristãos que vivem em constantes preocupações e medo? Esses que vivem como se Deus estivesse morto, como podem eles repentinamente saber como enfrentar a provação por meio do louvor?
A maneira como reagimos diante da tribulação presente é muito importante. Israel perdeu a esperança quando esteve na sua hora de grande sofrimento. Eles decidiram que não podiam aguentar mais, então simplesmente sentaram-se no pó. Cá estava o povo de Deus, com promessas sólidas como rocha; no entanto, sentaram-se ali com uma corrente ao redor do pescoço.
Igualmente hoje, alguns cristãos desistem neste ponto. Eles não abandonam a fé, porém deixam de seguir a Jesus de todo coração, pensando: “Não aguento viver sob tanta pressão. Parece que quanto mais me aproximo de Cristo, mais sofro”. Perguntam-se como Paulo podia dizer: “Me regozijo nos meus sofrimentos” (Cl 1:23-24).
Eis aqui exatamente o o motivo pelo qual Paulo podia fazer tal afirmação: ele havia sido arrebatado ao céu, e viu a glória que nos aguarda. Graças à sua visão, Paulo pôde abraçar suas lutas e aflições nesta vida, aprendendo a louvar a Deus em cada experiência difícil. Ele estava determinado a aprender a ter alegria de coração não importando a situação, e começou a praticar o louvor em preparação para o mundo por vir.
“Se com ele sofremos, também com ele seremos glorificados. Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós” (Rm 8:17-18).
À luz da glória que espera Paulo, o que é a provação em comparação à ela?
Igualmente, o Senhor quer que desviemos os olhos do sofrimento presente e os fixemos no que virá, e isso mudará tudo. Um minuto dentro da nossa nova habitação, diz Paulo, e não nos recordaremos do que veio antes. A ideia dele é começar a louvar agora, regozijando-nos pelo gozo que nos espera.
“Portanto, ofereçamos sempre, por ele (Jesus), a Deus sacrifício de louvor, isto é, o fruto dos lábios que confessam o seu nome” (Hb 13:15).
Extrato do texto “Nem todo o Sofrimento é uma Prova”, de David Wilkerson.
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