A constrangedora majestade do Seu poder


“Pois _o amor de Cristo nos constrange_…” (2 Coríntios 5:14a)


_Oh, o amor de Cristo!_

Paulo afirma que foi conquistado, subjugado e preso pelo "amor de Cristo", como num tornilho. Em outras palavras, ele afirma que foi ‘enlaçado’ pelo amor constrangente de Cristo, como se estivesse preso em um abraço eterno e inescapável."_

Em virtude disso, suas declarações corajosas e cheias de confiança permeavam suas epístolas, como por exemplo no livro de Romanos: “Quem nos separará do amor de Cristo?...” Então ele conclui, dizendo que “nada” poderá nos separar desse amor. (Veja Rm 8:35-39) Louvado seja Deus!

O termo grego "συνέχω" (sunecho) - usado em 2 Coríntios 5:14 e Filipenses 1:23 para ‘constranger’ é muito significativo - é um verbo que significa "reter", "segurar", "conter" ou "dominar". Ele é composto por duas palavras gregas: "σύν" (sun), que significa "com" ou "junto", e "έχω" (echo), que significa "ter" ou "segurar".

Seu significado espiritual é como “ser dominado ou controlado por uma força espiritual.”

A ideia prevalecente então era que Paulo foi feito um cativo do Senhor, por Sua graça e por Seu amor.

Entretanto, *poucos entre nós realmente sabem o que significa estar dominado pelo amor de Deus. Com muita frequência, tendemos a ser controlados simplesmente por nossas próprias experiências. Contudo, a única coisa capaz de segurar e controlar Paulo, excluindo qualquer outra força, era o amor de Deus, "O amor de Cristo nos constrange...". Quando você ouve isso por intermédio da vida de um homem ou de uma mulher, é inconfundível. Você saberá que o Espírito de Deus age sem qualquer impedimento na vida dessa pessoa.

Quando nascemos de novo pelo Espírito de Deus, nosso testemunho é baseado absolutamente no que Ele tem realizado por nós, e não é sem motivo. Mas essa ênfase muda e será transformada para sempre, uma vez que você receber "o poder do Espírito Santo” (Atos 1:8). É somente a partir desse momento que você começará a perceber o que Jesus quis ensinar quando afirmou: “...e sereis minhas testemunhas...". Não, apenas, testemunhas daquilo que Jesus pode fazer - isso é básico e já compreendido - mas "minhas testemunhas". Passamos a aceitar todas as coisas que nos sobrevêm como se estivessem ocorrendo com Ele, seja o que for: louvores ou censuras, perseguições ou recompensas. Ninguém é capaz de chegar a esse padrão de comportamento por Jesus Cristo se não tiver sido totalmente ‘constrangido pela majestade do Seu poder’. Essa é a única coisa que realmente importa, e, estranhamente, continua sendo o último aspecto da fé que nós, como obreiros cristãos, percebemos. Paulo disse que fora tomado pelo amor de Deus e isso explica porque agiu como agiu. As pessoas podiam persegui-lo como maluco ou lúcido - ele não se importava. E isso porque uma única coisa o fazia viver: convencer as pessoas sobre o iminente julgamento de Deus e anunciar-lhes "o amor de Cristo". Esta rendição total ao "amor de Cristo" é a única atitude que produzirá frutos em sua vida. E isto sempre deixará a marca da santidade de Deus e Seu poder, nunca chamando a atenção à sua própria santidade.*


(Porção entre (*) por Oswald Chambers)


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