AMOR QUE NÃO ME DEIXAS NUNCA

 


"De longe se me deixou ver o SENHOR, dizendo: Com amor eterno eu te amei; por isso, com benignidade te atraí." "Atraí-os com cordas humanas, com laços de amor; fui para eles como quem alivia o jugo de sobre as suas queixadas e me inclinei para dar-lhes de comer."

"...tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os  até ao fim." 

(Jr 31.3; Os 11.4; Jo 13:1b) 



Conta-nos Dr. Gordon a história de George Matheson, quando soube que estava condenado à cegueira.

Um jovem estudante atravessava a praça duma das antigas universidades escocesas, indo de caminho para o seu quarto no internato. Não se sentia bem. Seus olhos estavam fracos, o que tornava o trajeto difícil. Seguindo o conselho dum amigo, havia consultado um especialista em doenças da vista. O médico, depois de um exame minucioso, o avisara firmemente que havia de perder a visão em pouco tempo.

Um terrível soco entre os olhos não poderia tonteá-lo mais do que esta notícia. O seu coração estava perturbado. Perderia a visão!...

Todos os planos que tão esperançosamente arquitetara desfaziam-se na sua frente. Com a perda da visão ir-se-iam o ensino na universidade e todos os seus sonhos dourados. Perturbado, confuso, saiu do consultório médico apalpando o caminho como um sonâmbulo.

Jorge era noivo. Encaminhou-se em direção à casa da querida noiva, espe-rando, sem dúvida, alguma palavra de conforto para o coração dolorido. Como daria ele a triste noticia à moça que ele tanto amava e que prometera ser sua esposa? Seus planos estavam todos mudados; e como receberia ela a notícia?!

Quando lá chegou, contou-lhe em palavras brandas mas briosas a sua situação, sua mudança de planos, dizendo-lhe que ela teria liberdade para deci­dir segundo julgasse melhor. A noiva aceitou a liberdade!

A rejeição da noiva foi o segundo golpe. Pela segunda vez, saiu tristonho e sem enxergar o caminho em que pisava. O golpe parecia acima de suas for­ças, e a dor lhe sufocava o coração!

Mas não estava só. Alguém o aguardava e ternamente fortaleceu seu co­ração quebrantado, falando-lhe palavras amorosas e dando-lhe o bálsamo do conforto e do verdadeiro amor. O moço entregou-se nos braços do Verdadeiro Amigo e todas as dificuldades foram vencidas. Uma nova disposição o domi­nou, toman-do inteira e permanente posse de sua vida. E do seu coração que­brantado, mas cheio de conforto, saíram palavras de louvor e gratidão a Deus, o Amor que nunca muda sejam quais forem as circunstâncias. Estas palavras foram expressas em forma de cântico como seguem-se abaixo (duas estrofes do cântico):


"Amor, que por amor desceste!

Amor, que por amor morreste!

Ah! Quanta dor não padeceste

Meu coração pra conquistar

E meu amor ganhar!


Amor, que com amor seguias!

A mim, que sem amor Tu vias!

Oh! Quanto amor por mim sentias

Meu Salvador, meu bom Jesus

Sofrendo sobre a cruz!


Amor, que tudo me perdoas!

Amor, que até mesmo abençoas!

Um réu de quem Te afeiçoas!

Por Ti vencido, ó Salvador

Eis-me aos Teus pés, Senhor!


Amor, que nunca, nunca mudas

Que nos Teus braços me seguras

Cercando-me de mil venturas!

Aceita agora, Salvador

O meu humilde amor!"¹



(Tradução de ¹ (https://hymnary.org/text/o_love_that_wilt_not_let_me_go))

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