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Mostrando postagens de julho, 2025

Nosso Corpo Lavado

  “Aproximemo-nos com sincero coração, em plena certeza de fé, tendo o coração purificado de má consciência e lavado o corpo com água pura.” (Hebreus 10:22) O homem pertence a dois mundos, ao visível e ao invisível. O material e o espiritual, corpo e alma, são unidos de maneira maravilhosa em sua constituição. Na queda, ambos ficaram sob o poder do pecado e da morte; na redenção, foi provida libertação para ambos. O poder da redenção pode ser manifestado não apenas na vida interior da alma, mas também no corpo. Na adoração do Antigo Testamento, o exterior era o mais proeminente. Tal adoração consistia em ordenanças carnais, impostas até o tempo da reforma. Essa adoração ensinava uma medida de verdade, exercia uma certa influência no coração, mas não podia tornar perfeito o adorador. Somente com o Novo Testamento a religião da vida interior, a adoração a Deus em espírito e verdade, foi revelada. No entanto, temos de ser vigilantes para que não ocorra que a busca pela vida interior n...

Sedento ou transbordante?

  “Como suspira a corça pelas correntes das águas, assim, por ti, ó Deus, suspira a minha alma. *A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo*; quando irei e me verei perante a face de Deus?” (Salmo 42:1,2).   “De boas palavras *transborda o meu coração*. Ao Rei consagro o que compus; a minha língua é como a pena de habilidoso escritor. Tu és o mais formoso dos filhos dos homens; nos teus lábios se extravasou a graça; por isso, Deus te abençoou para sempre” (Salmo 45:1,2). Gostaria de compartilhar a respeito de duas experiências muito distintas da alma, que são retratadas nesses dois Salmos [Sl 42 e Sl 45]. A diferença entre elas é impressionante! Em um dos Salmos, vemos a alma “sedenta”, no outro, ela está “transbordando”. O Salmo 42 equivale ao “se alguém tem sede”, enquanto o Salmo 45 responde a “quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva” (João 7:37,38).     Essa é uma pergunta muito pessoal que devemos fazer a nós mesmo...

O que significa ser um cristão

  Em Atos 11:26c está escrito: “Em Antioquia, foram os discípulos, pela primeira vez, chamados cristãos.” A primeira vez que os seguidores de Jesus foram chamados de "cristãos" ocorreu na cidade de Antioquia, conforme registrado em Atos 11:26. Esse termo surgiu quando a mensagem de Jesus se espalhou para além da comunidade judaica original, atraindo tanto judeus quanto gentios….”O fato de os discípulos terem recebido tal apelido, um termo de desprezo, indica que eles devem ter dado um forte testemunho do Senhor, um testemunho que os fazia distintos e especiais aos olhos dos incrédulos.” (W.Lee) Charles Hodge, um dos grandes teólogos reformados do século XIX, achou a resposta nesse texto: "É ser constrangido por um senso de amor de nosso Divino Senhor, de tal modo que lhe consagramos nossa vida." “A história espiritual de cada cristão poderia ser escrita em duas frases: “Tu em mim” e “Eu em Ti”. Na consideração de Deus, Cristo e o cristão se tornam um de tal maneira ...

O Divino Ajudador

  Mt 12:18-20: "Eis aqui o meu servo, que escolhi, o meu amado, em quem a minha alma se compraz. Farei repousar sobre ele o meu Espírito, e ele anunciará juízo aos gentios. […] Não esmagará a cana quebrada, nem apagará a torcida (‘pavio’) que fumega, até que faça vencedor o juízo.” Meu irmão, minha irmã, desejo iniciar essa breve meditação nesta manhã com uma nota de encorajamento a todos os amados: O Senhor conhece cada situação que envolve Seus filhos e tem absoluto controle sobre tudo; ”ao Seu dispor estão todas as coisas” (Sl 119:91).  Jesus não despreza ou abandona aqueles que estão em dificuldades, mesmo que a situação pareça desesperadora. Ele se aproxima com misericórdia e busca trazer restauração e esperança, em vez de julgamento e destruição.  O "pavio que fumega" representa uma situação frágil, uma fé hesitante, ou uma pessoa que está passando por dificuldades e precisa de amparo. A imagem do pavio que ainda fumega, mesmo com pouca luz, indica que ainda há esp...

O Legado de Calebe

“Porém o meu servo Calebe, visto que _*nele houve outro espírito*_, e perseverou em seguir-me, eu o farei entrar à terra que espiou, e a sua descendência a possuirá.” (Nm 14:24) A vida de Calebe é um encorajamento para todos os crentes.  Sua vida nos ensina que, independentemente das adversidades, a confiança no Senhor e a obediência à Sua vontade são alicerces firmes para aqueles que O servem. Em Números, a obediência é o tema central da travessia do deserto. Deus guia o povo por meio da nuvem, estabelece leis, separa líderes e revela Sua vontade. No entanto, o povo frequentemente reage com murmuração, incredulidade e rebelião. Como consequência, a geração que saiu do Egito com mão forte não entra em Canaã — exceto Josué e Calebe, homens de outro espírito. Essa desobediência é relembrada em Hebreus como um alerta direto aos crentes: “Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais o vosso coração” (Hb 3:15). O autor usa o fracasso da geração do deserto como advertência solene: a incre...

Divina Provisão

  “...Eles não têm mais vinho.” (João 2:3) "A alegria começa a brotar quando você chega ao ponto onde nada mais pode fazer... Quando você chegar a esse ponto, o Senhor começará a te mostrar o que Ele pode fazer, e Ele não fará isso até você chegar ali". [...] Pense naqueles homens levando água em vez de vinho ao mestre-sala. Mas Maria havia dito: “Fazei tudo o que ele vos disser”, e a hesitação deles foi substituída pela fé que operou quando conduziram ao mestre-sala aquele vinho que ainda era água. A transformação aconteceu no caminho... e quando chegaram ao mestre-sala, lá estava o melhor vinho. Aquele foi um verdadeiro desafio de fé! Que possamos compreender a implicação desse evento de Caná. Vejamos a relação entre a fé e a plenitude de Deus em Cristo para nós - aquilo que Cristo é em plenitude, vida, alegria, glória. Estamos na mesma situação daquelas bodas, quando tudo se desmoronou, pois o vinho acabou; nós estamos nesse estado por natureza. Há uma nuvem sobre nós, um ...

O Deus que é poderoso para fazer

  “Ora, àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós, a ele seja a glória, na igreja e em Cristo Jesus, por todas as gerações, para todo o sempre. Amém!” (Efésios 3:20,21).  Esse trecho marca uma longa passagem que compõe o todo dos três primeiros capítulos da carta aos Efésios. Ali está demonstrado um dos mais maravilhosos, gloriosos e abençoados prospectos do propósito Divino de graça em Cristo Jesus. Até aqui nada havia sido dito sobre fazer, pelo menos no que diz respeito aos filhos de Deus.  Tudo estava relacionado ao pensamento de Deus - o que Ele planejou, o que Ele tornou possível e realizo. Penso que Efésios 3:20 não foi escrito para trazer um pouco de conforto para nossa fé ao longo da nossa caminhada, nos lembrando de que Deus é capaz, mas que esse verso é uma solene declaração do fato de que o que foi expresso e demonstrado nos primeiros três capítulos dessa carta deve ser fei...

A perda do ego

  “Assim, pois, todo aquele que dentre vós não renuncia a tudo quanto tem não pode ser meu discípulo” (Lucas 14:33).  Existe algo no universo que é diametralmente oposto à Deus, e isso é o ego. A atividade do ego é a fonte de toda a natureza e procedimentos malignos do homem. Por outro lado, a perda do ego na alma eleva sua pureza! De fato, a pureza da alma é elevada na exata proporção da perda do ego.  Enquanto empregarmos nossa natureza em algum caminho, as nossas faltas permanecerão. Mas depois que abandonamos o ego e seus interesses, não haverão mais erros, e tudo será pureza e inocência.  Foi com o advento da entrada do ego na alma quando ocorreu a queda, que foi estabelecida uma diferença entre a alma humana e Deus.  Como podem duas coisas tão diferentes serem unidas? Como pode a pureza de Deus e a impureza do homem serem trazidas à unidade? Como pode a simplicidade (ou singularidade) de Deus e a multiplicidade (ou inconstânci...

A vitória pela fé

  “Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não vêem. Pois, pela fé, os antigos obtiveram bom testemunho” (Hebreus 11:1,2).  A vitória na terra da promessa foi baseada somente na fé. A primeira direção de Deus para Josué foi: “Sê forte e corajoso” (Js 1:6). Todo o livro de Josué ilustra esse princípio, especialmente o registro a respeito da batalha de Jericó. O autor do livro de Hebreus fala expressamente disso: “Pela fé, ruíram as muralhas de Jericó, depois de rodeadas por sete dias” (Hb 11:30).  A fé deve seguir o líder. Os sacerdotes e o povo seguiram a arca; não caminharam à sua frente. Não podemos andar com Deus e continuar fazendo o que desejamos o tempo todo. Precisamos ver o caminho de Deus, e então segui-Lo. Antes de agir, precisamos de um “Assim diz o Senhor”.  A fé pode circundar por sete dias as muralhas de Jericó, não se incomodando com as dificuldades, e ainda rodeá-las por sete vezes no sétimo dia. Isso não é ser...

A VISÃO CELESTIAL - Cristo e a Igreja

O assunto que governa tudo com Deus é uma revelação de Cristo. Não é uma questão de nós vermos verdade cristã, mas de vermos Cristo por revelação do Espírito Santo. Quando queremos explicar Paulo, e dar conta de sua influência por vinte séculos de história da Igreja, temos que ir para a sua “visão celestial ”. Ele viu Cristo, e vendo Cristo ele chegou a ver o significado e natureza da Igreja, como o Corpo de Cristo. *Sejamos bastante enfáticos em afirmar que jamais podemos ver a Igreja sem que vejamos antes o Filho de Deus. Semelhantemente, não podemos verdadeiramente ver o Filho de Deus e não ver Sua Igreja.* (Theodore Austin-Sparks) A questão hoje é: quão próxima a vida da Igreja está do conceito divino do que é a Igreja? O sucesso ou o fracasso da Igreja não deve ser medido pelo que vemos ou ouvimos, mediante a aparência externa. O sucesso ou fracasso da Igreja deve ser medido pela proximidade ou pela distância do conceito divino do que é a Igreja.  Por quê? Porque a igreja não ...

O poder da Oração Eficaz em Cristo

  Como disse Andrew Murray, ao permanecermos em Cristo, aprendemos a orar de forma eficaz. Ele explicou que, nessa comunhão, nossas súplicas começam a se alinhar ao propósito eterno do Pai. Isso transforma a oração: ela deixa de ser apenas um pedido e se torna um canal de poder espiritual, porque passamos a orar a partir do lugar onde Deus deseja derramar Suas respostas. Murray também destacou que a verdadeira oração nasce do entendimento daquilo que Cristo falou e viveu. É a Palavra habitando em nós que nos ensina a orar de acordo com a vontade do Pai. Não é simplesmente apresentar desejos, mas saber que, quando estamos em Cristo, nossos pedidos se harmonizam naturalmente com o querer de Deus. Essa é a beleza da oração que permanece: ela flui da comunhão com Cristo e, por isso, tem o poder de alcançar o coração do Pai. _João 15:7 "Se vós permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será feito."_

MULTIDÕES APROXIMAM-SE DELE. QUANTOS O TOCAM?

    "Responderam-lhe seus discípulos: Vês que a multidão te aperta e dizes: Quem me tocou?" (Marcos 5:31)  Jesus tem muitos seguidores que amam Seu reino celeste; poucos, porém, que levam a Sua cruz.  Existem muitos sedentos de consolação, mas poucos de tribulação.  Ele encontra muitos que participam da Sua mesa, mas poucos do seu jejum.  Todos desejam se alegrar com Ele, mas poucos almejam sofrer alguma coisa por Ele.  Muitos acompanham Jesus até o partir do pão, mas poucos até o beber do cálice da sua paixão (Lucas 22:42).  Muitos veneram os Seus milagres, mas poucos seguem a ignomínia da Sua cruz.  Muitos amam a Jesus, enquanto não lhes sobrevem adversidade. Muitos O louvam e bendizem, desde que recebam alguma consolação Dele. Se porém, Jesus se oculta e os deixa, por algum tempo, eles se entregam a lamentos ou abatimento mental.  Aqueles, porém, que amam a Jesus por amor a Jesus, e não por causa de algum conforto especial, louvam-No ...

Anelo por comunhão

  1 Se este meu caminho Leva-me à Cruz E o que me escolheste Para a dor conduz Venhas compensar-me Dando a mim, Senhor,  Comunhão constante Com meu Salvador.  2 Se a alegria falta E do mundo, a paz, Mais prazer celeste Sempre Tu me dás. Mesmo estando em dores Quero Te adorar Com minha alma alegre Teu louvor cantar.  3 Se terrestres laços Que mui doces são, Eu os vir partidos Pela Tua mão, Rogo-Te que o laço Que me prende a Ti Torne-se mais doce E mais forte, aqui.  4 Se me vês sozinho, Triste, a caminhar Vens com Teu sorriso Logo me alegrar. És meu Companheiro Na jornada aqui Minha vida é curta, Mas pertence a Ti.  5 Possa eu desprendida Deste mundo ser Possa em cada dia Mais por Ti viver. Pela Tua graça Faze-me, Senhor, Um canal por onde Jorre o Teu amor!  M. E. Barber  (Traduzido por Maria Luiza Araujo)

Orar é pedir, mas também ter comunhão

Entretanto, orar não é meramente fazer pedidos a Deus, embora isto seja um importante aspecto da oração, quando nada, porque nos fala de nossa total dependência dele. Mas ela é também comunhão com Deus — um intercurso pessoal com o Senhor — uma conversa com Deus, (e não apenas o ato de falar-lhe). Ficamos conhecendo melhor as pessoas conversando com elas. Conhecemos a Deus da mesma maneira. A mais elevada consequência da oração não é ficarmos livres do mal, nem obtermos aquilo que desejamos, mas conhecermos a Deus. “E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste." (João 17:3). E a oração nos revela mais de Deus, e essa é a grande descoberta da alma. Os homens ainda clamam: “Ah! se eu soubesse onde o poderia achar! então me chegaria ao seu tribunal." (Jó 23:3)  O cristão ajoelhado sempre o “acha”, e é achado por Ele. A visão celestial do Senhor Jesus cegou os olhos de Saulo de Tarso, em sua queda, mas ele nos conta, tem...